21 de Março de 2016 Cerca de 60 a 90% das crianças em idade escolar sofrem de cáries dentárias, um problema que atinge quase todos os adultos, conclui um estudo da Organização Mundial de Saúde divulgado pela organização Mundo a Sorrir. Entre os fatores de risco para as cáries dentárias e doenças orais estão «uma dieta pouco saudável, o tabagismo, o abuso do álcool e uma fraca higiene oral, bem como desigualdades sociais», afirma Miguel Pavão, fundador da Mundo a Sorrir, citado num comunicado da organização. A propósito do Dia Mundial da Saúde Oral, assinalado ontem, a Organização Não Governamental (ONG) portuguesa salienta que a OMS considera as cáries dentárias a «doença não contagiosa mais comum no mundo», citou a “Lusa”. O estudo realça ainda que, mundialmente, 30% das pessoas entre os 65 e os 74 anos já não possui dentes naturais. A escovagem dentária com pastas fluoretadas é, segundo o especialista, a forma mais eficaz e económica de prevenir a cárie dentária, mas «é preciso que os cuidados de saúde oral cheguem a todas as pessoas, o que ainda está longe de acontecer» Este alargamento do PNSO passou também a abranger os infetados com VIH/sida que já não faziam tratamentos há mais de dois anos, sendo-lhes atribuídos dois cheques-dentista para um ciclo de tratamentos. As crianças e jovens portadores de deficiência que precisam de sedação para tratar dos dentes passaram igualmente a ter acesso a cheques-dentista, podendo ser tratados nos serviços de estomatologia dos hospitais. Atualmente, o cheque-dentista abrange crianças de 7, 10, 13 e 15 anos que frequentem as escolas públicas, idosos com complemento solidário, grávidas e portadores de VIH. O programa dos cheques-dentista existe desde 2008 e foram já distribuídos um total de mais de 3,6 milhões de cheques, abrangendo 2,2 milhões de pessoas. A taxa de utilização destes cheques tem tido uma média de 74%. |