Óbitos por doenças do aparelho circulatório baixam, mas ainda são as que mais matam 1169

As doenças do aparelho circulatório causaram 32.452 mortes em 2021, continuando a provocar a maioria dos óbitos em Portugal, apesar da descida de 6,2% em relação a 2020, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta sexta-feira.

O INE adianta na publicação “Estatísticas da Saúde”, divulgada a propósito do Dia Mundial da Saúde (07 de abril), que as doenças do aparelho circulatório representaram, em 2021, 25,9% do total de óbitos, menos dois pontos percentuais (p.p.) do que no ano anterior.

Neste conjunto de doenças, continuaram a destacar-se as 9.613 mortes por doenças cerebrovasculares, os óbitos por doença isquémica do coração (6.683 óbitos) e por enfarte agudo miocárdio (3.977 óbitos), em ambos os casos menos 2,4% do que em 2020.

Segundo o INE, a covid-19 foi uma das principais causas de morte em 2021, com 12.986 óbitos, representando 10,4% do total de mortes ocorridas no país.

O Instituto Nacional de Estatística explica que “o número de óbitos por covid-19 refere-se à causa básica de morte, ou seja, foi esta a doença que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram à morte”, cita a Lusa.

As doenças do aparelho respiratório, que, em conformidade com o definido pela Organização Mundial da Saúde não incluem a covid-19, causaram 10.273 óbitos e representaram 8,2% da mortalidade total ocorrida no país.

Neste grupo, destacaram-se as mortes provocadas por pneumonia, com 3.765 óbitos e que representaram 3% da mortalidade ocorrida em 2021.

De acordo com os dados, os tumores malignos causaram 27.644 óbitos em 2021, menos 2,6% do que no ano anterior, representando 22,1% da mortalidade total.

Os tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão causaram 4.675 mortes, representando 3,7% do total de mortes no país e um aumento de 1,2% relativamente a 2020.

Os óbitos por cancro do cólon, reto e ânus diminuíram em 2021 (de 3.810 óbitos em 2020 para 3.609 óbitos em 2021), representando 2,9% da mortalidade.