10 de outubro de 2018 A Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO) pede que os medicamentos contra o excesso de peso sejam comparticipados para haver mais acesso a terapias que combatam o problema desde o início. A Sociedade defende que é preciso «acabar com o estigma da obesidade e para a urgência de tratar a obesidade nas primeiras fases da doença, possibilitando-se acesso à terapêutica farmacológica, que até hoje não é comparticipada em Portugal». Estereótipos como a pessoa obesa «por ser “preguiçosa” ou não ter autocontrolo» não se devem aplicar a uma doença que é «crónica e complexa» e que afeta 1,4 milhões de pessoas em Portugal, seis milhões se se contar as pessoas com pré-obesidade, o número de afetados poderá chegar aos 06 milhões. Numa nota enviada, a presidente da SPEO, Paula Freitas, afirmou que «é urgente que a terapêutica farmacológica seja comparticipada e, assim, acessível a todos» e que seja combatido o estigma relacionado com a doença, que «só contribui para o aumento dos níveis de obesidade e para o atraso e insucesso do tratamento». Já é mais fácil chegar à cirurgia indicada para a obesidade mórbida, mas antes disso importa agir na fase inicial, aos primeiros sinais da doença, salienta a Sociedade. Assim, poupar-se-iam alguns dos 300 mil euros gastos em cuidados de saúde a complicações relacionadas com a obesidade, salienta a Sociedade, que quer mostrar o «impacto económico da obesidade» em custos diretos e indiretos às «entidades de saúde competentes e aos políticos». A 11 de outubro, dia em que se assinala o Dia Mundial da Obesidade, este tema vai ser abordado no debate “Ambiente Obesogénico”. Este encontro vai reunir políticos, médicos, nutricionistas, juristas e representantes de outros sectores, na reitoria da Universidade Nova de Lisboa. |