O uso de células estaminais do sangue do cordão umbilical no tratamento de crianças 1167

A Crioestaminal, laboratório líder em células estaminais e um dos maiores da Europa, já contribuiu para o tratamento de crianças portuguesas com amostras de células estaminais do sangue do cordão umbilical. A possibilidade de guardar ou doar estas células, aliada ao investimento contínuo em investigação e desenvolvimento para a descoberta de novas terapias celulares, visa alargar as possibilidades de tratamento das famílias portuguesas.

Atualmente, o sangue do cordão umbilical é uma reconhecida fonte de células estaminais com aplicações terapêuticas reais e, também, com forte potencial demonstrado por diversos grupos de investigação em todo o mundo, sendo, atualmente, possível tratar mais de 80 doenças diferentes.
Em Portugal, o caso mais recente é o do Henrique, uma criança de 4 anos que está totalmente curada da anemia aplástica grave, uma doença eventualmente fatal, após ter sido tratado com as suas próprias células estaminais guardadas na Crioestaminal. O menino recebeu alta hospitalar um mês depois do tratamento realizado na Unidade de Transplante de Medula do IPO de Lisboa, em 2019.

Os tratamentos com células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical estão também associados a melhorias e redução dos sintomas em crianças com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA). Vários estudos, envolvendo várias centenas de crianças, têm vindo a evidenciar o potencial das células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical para o tratamento de PEA. Num dos mais importantes estudos realizados até à data, na Universidade de Duke, nos EUA, foram identificadas melhorias significativas nas capacidades de comunicação e atenção em crianças dos 4 aos 7 anos de idade e QI não verbal > 70, após tratamento com sangue do cordão umbilical. Em 2018, a Crioestaminal libertou duas amostras, guardadas no seu laboratório, para o tratamento do autismo realizado na Universidade de Duke, tendo-se deslocado aos EUA duas crianças, uma portuguesa e outra espanhola, que receberam uma infusão de células estaminais do seu próprio sangue do cordão umbilical.

Estão também a ser verificados resultados promissores no tratamento da paralisia cerebral, uma doença neurológica motora mais frequente na idade pediátrica, que se estima afetar dois em cada mil bebés. A Inês e a Madalena são duas das crianças portuguesas diagnosticadas com paralisia cerebral, que tiveram melhorias significativas ao nível motor e de desenvolvimento após infusões com as próprias células estaminais do sangue do cordão umbilical guardadas pelos pais no laboratório da Crioestaminal.

O primeiro caso de sucesso de um transplante de células estaminais criopreservadas num banco português realizou-se no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, em 2007, numa criança de 14 meses com uma imunodeficiência combinada severa (SCID), uma doença rara, caracterizada por deficiências no sistema imunitário que a tornava suscetível a infeções graves e, eventualmente, fatais. O transplante foi realizado recorrendo às células estaminais do irmão compatível, que tinham sido guardadas pela Crioestaminal. O Frederico é hoje uma criança com um estado de saúde normal.

André Gomes, Fundador e Diretor Geral da Crioestaminal partilha que “Podermos contribuir para a qualidade de vida das famílias, minimizando as situações mais adversas, é o que nos move diariamente. Casos como estes dão sentido aos nossos 18 anos de existência e no Dia Mundial da Criança faz sentido recordá-los”

O laboratório líder em células estaminais tem feito um investimento constante de 10% do seu volume de negócios em investigação e inovação tecnológica, de forma a desenvolver um conjunto de projetos que visam expandir a aplicação clínica das células estaminais.