Por ocasião do dia Europeu de Luta contra o Cancro do Intestino, que se celebra esta quinta-feira (3), a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia reforçou a importância do rastreio para “a prevenção do segundo cancro mais mortal a seguir ao do pulmão”.
O “cancro do intestino (cólon ou reto) mata mais de quatro mil portugueses por ano, ou seja, mais de 10 pessoas por dia. Números que podem ser evitados por ser uma doença tratável e com forte possibilidade de cura”, informa a sociedade em comunicado.
Em Portugal surgem, “todos os anos, cerca de dez mil portugueses com cancro do cólon e reto que, na maioria, se encontravam assintomáticos”. Neste sentido, justifica-se “um grande investimento no rastreio da população com objetivos preventivos no cidadão sem risco familiar ou qualquer sintoma”, lê-se.
Guilherme Macedo, presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, recorda que “a colonoscopia é um exame que qualquer cidadão, a partir dos 45 anos, devem realizar”, e acrescenta que “se trata de um meio de rastreio, de prevenção e de tratamento. Só com a coloscopia é possível detetar precocemente lesões e tratá-las, evitar o cancro e travar o aumento do número de mortes”.
Com a pandemia, “registaram-se atrasados na realização destes exames, mas o ritmo, apesar de não estar equiparado ao período pré pandemia, está a recuperar. No entanto, há que retomar o tempo perdido e reforçar a mensagem da importância do rastreio para que todos possam realizar este exame, evitando a doença, com toda a segurança”, acrescenta.
“Apenas um pouco mais de metade da população com cancro do intestino se mantém viva passados 5 anos da doença diagnosticada. Se o cancro tivesse sido detetado numa fase inicial, sabe-se que 9 em cada 10 pessoas estaria viva”, conclui a SPG.