A obesidade é um dos principais problemas de saúde das crianças no mundo ocidental. As crianças com excesso de peso e obesidade têm uma maior probabilidade de se tornarem adultos obesos e de desenvolverem várias complicações de saúde, como por exemplo, diabetes e doença cardiovascular.
LÁCTEOS ALIADOS DA GESTÃO DE PESO DAS CRIANÇAS
O consumo de leite e produtos lácteos durante a infância parece promover uma melhor gestão de peso/adiposidade das crianças.
Um estudo de revisão, publicado recentemente na revista “Nutrition Research Reviews”, concluiu que o consumo de leite e produtos lácteos parece ter um efeito neutro ou favorável no peso e composição corporal das crianças.[1]
Também uma meta-análise, publicada na “Advances in Nutrition”, concluiu que as crianças e adolescentes com idade entre os 6-18 anos, que consomem leite e produtos lácteos, têm maior probabilidade de alcançar um fenótipo corporal “magro”.[2]
OBESIDADE INFANTIL E AÇÚCARES
Os açúcares não são todos iguais. O termo “açúcares” abrange os açúcares naturalmente presentes e os açúcares adicionados aos alimentos. Para os açúcares naturalmente presentes nos alimentos,
como é o caso dos açúcares do leite, das frutas e dos vegetais, não existe evidência de efeitos adversos decorrentes do seu consumo.[3] A lactose é o açúcar naturalmente presente no leite e, para além de ser uma fonte de energia, parece melhorar a biodisponibilidade do cálcio. [4,5]
Contrariamente, a evidência existente para os açúcares adicionados aos alimentos leva a Organização Mundial de Saúde (OMS) a recomendar a redução do seu consumo. O seu consumo excessivo
está associado ao excesso de peso e obesidade, bem como a um maior risco de doenças não transmissíveis (exemplo da diabetes mellitus tipo 2 e da doença cardiovascular) e com o desenvolvimento de cáries.
A OMS [3] recomenda, tanto para os adultos como para as crianças, um consumo de açúcares adicionados (açúcares livres*) inferior a 10% do valor energético total (VET) e, idealmente, inferior a 5% do VET. E a European Society for Paediatric Gastroenterology Hepatology and Nutrition (ESPGHAN)[6] recomenda um valor máximo de 5% do VET para as crianças e adolescentes (dos 2 aos 18 anos).
Em Portugal, as crianças a partir dos 5 anos e os adolescentes são os grupos da população que mais ingerem açúcares adicionados (e açúcares livres*) e os que menos cumprem as recomendações da OMS e ESPGHAN.[7]
CNAM DESENVOLVE O “PROJETO DE REDUÇÃO DOS AÇÚCARES”
O Centro de Nutrição e Alimentação Mimosa (CNAM) acompanha com atenção o tema dos açúcares e entende que é uma oportunidade para melhorar o perfil nutricional dos produtos, tendo desenvolvido
um projeto transversal de melhoria dos perfis nutricionais nos seus produtos. A redução de açúcares, de forma gradual e continuada, é a sua vertente mais expressiva, especialmente nos produtos destinados às crianças e jovens.
Nenhuma das reformulações do “Projeto de Redução dos Açúcares” recorreu a edulcorantes.
O CNAM está convicto que, a par da redução de açúcar, é importante reduzir também a doçura. Além do benefício imediato da redução de açúcar, dá-se oportunidade de educar o paladar para perfis de doçura menos doces, especialmente em idades mais jovens em que as preferências alimentares estão a ser construídas. Nesse sentido, o objetivo do CNAM é continuar a evoluir gradualmente na redução da quantidade de açúcar e na perceção de doçura.
* Açúcares livres incluem os mono e dissacáridos adicionados aos alimentos e bebidas pela indústria alimentar, pelos manipuladores de alimentos ou pelos consumidores, e os açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes, sumos de fruta e concentrados de sumo de fruta.
[in Guideline: Sugars intake for adults and children. Geneva: World Health Organization; 2015]
Conteúdo patrocinado pelo CNAM.