O consumo de um ovo por dia pode reduzir o risco da diabetes, segundo estudo 1991

Um ovo por dia contribui para a redução em mais de um terço do risco de vir a desenvolver diabetes tipo 2. As conclusões resultam de um estudo conduzido na Escola de Saúde Pública e Nutrição Clínica, da Universidade da Finlândia Oriental, divulgado na publicação académica American Journal of Clinical Nutrition (Jornal Americano de Nutrição Clínica).

Numa notícia do jornal “Diário de Notícias Life” lê-se que, apesar das dúvidas acerca do consumo de ovos, o estudo confirma que a ingestão diária de um ovo, de preferência ao pequeno-almoço, diminui os índices de açúcar no sangue. A Associação Americana da Diabetes (ADA) confirma que tal acontece porque o ovo é rico em proteína, saciando e levando mais tempo a ser digerido e impedindo os açúcares de atingirem níveis perigosos para um diabético.

A biotina (ou vitamina B7) que os ovos contêm ajuda a converter o que comemos em energia e a compensar o facto de o pâncreas dos diabéticos de tipo 2 não produzir insulina suficiente para controlar os níveis de glucose na corrente sanguínea, explica a fonte. A ADA indica assim os ovos como uma das fontes proteicas que mais aprova, embora o estudo finlandês estabeleça o limite ideal em quatro ovos por semana.

«Os nossos resultados sugerem que não devemos focar-nos apenas na gordura, mas nos alimentos que ingerimos como um todo», revela ao portal científico “Science Daily” a investigadora Stefania Noerman, especialista em nutrição clínica e principal autora da pesquisa.

Depois da análise dos hábitos alimentares de 2332 homens entre os 42 e os 60 anos, a equipa descobriu que aqueles que comiam mais ovos por semana apresentavam uma probabilidade 37% menor de virem a ter diabetes, comparativamente com os inquiridos que apenas comiam um ovo semanal. Ressaltam que nunca se deve exceder os tais quatro ovos aconselhados, já que tal pode potenciar o risco de problemas cardíacos nos diabéticos.

Segundo os investigadores, a relação manteve-se consistente mesmo tendo em conta fatores como a prática de atividade física, consumo de fruta e vegetais, índice de massa corporal dos indivíduos. Segundo adiantaram, as amostras de sangue dos adeptos de ovos à refeição continham moléculas lipídicas que correspondiam positivamente ao perfil metabólico sanguíneo de homens livres da diabetes tipo 2.

«Embora seja cedo para estabelecer uma relação causal a 100 por cento, temos agora melhor noção de como os compostos do ovo desempenham um papel determinante a adiar a incidência da doença», explica a cientista, sublinhando que os benefícios incluem um atenuar dos sintomas de quem já é diabético.

Além das quantidades, especialistas também aconselham que os ovos se cozinhem com pouca ou nenhuma gordura, idealmente cozidos ou escalfados.