Viajar em nutrição 1734

Muitos de nós certamente já pensaram em estudar noutro país, ou seja, fazer Erasmus. Alguns ficam pela pesquisa de informação e acabam por desistir. Outros arriscam, aventuram-se face ao desconhecido e aceitam o desafio. É um largo período de tempo num país diferente, com uma cultura diferente, uma língua nova e com grandes desafios. Provavelmente não nos deparamos com estes quando escolhemos fazer todo o percurso académico na mesma instituição. O primeiro impacto será o mais difícil, quando nos apercebemos de que estamos longe de tudo o que conhecemos, mas após os primeiros tempos torna-se um sentimento tolerável.

Mas Erasmus não significa apenas crescimento pessoal e cultural, também permite enriquecer o nosso currículo a nível profissional, oferecendo-nos um leque de oportunidades que apenas uma experiência no estrangeiro nos poderia possibilitar. É um projeto que exige planeamento, organização e adaptabilidade. Permite experienciar e adquirir várias ferramentas muito úteis e que te pode, no futuro, distinguir e reconhecer entre os vários profissionais no mercado de trabalho. Permite que se estabeleça uma rede de contactos entre os futuros colegas e profissionais da área noutro país, ou seja, que se pratique o chamado networking, muito valorizado atualmente por várias empresas.

Em particular na área da nutrição, a possibilidade de explorar diferentes culturas e conhecer novos alimentos, métodos de confeção e apresentação consoante cada cultura é uma mais-valia que habitualmente não está presente no nosso dia a dia nem se consegue adquirir através de livros. A melhor forma de a adquirir é experienciar. Assim como o idioma muda de país para país, os hábitos alimentares da população também. É por isto que esta experiência é tão interessante e enriquecedora, pois proporciona a quem tem a ousadia de arriscar um novo campo de visão dentro de uma área tão vasta como é a nutrição.

Raquel Freitas e Rita Inácio,

Direção da ANEN