Atualmente, a nossa sociedade é inundada dia após dia por um sem fim de informação, sendo esta constante e cada vez menos filtrada. Esta inúmera informação é disseminada através dos meios de comunicação social e mais recentemente através de redes sociais e blogs mais concretamente. Tendo em conta este facto, facilmente se percebe que grande parte desta informação não se revela exímia, sendo muitas vezes falaciosa e não estando baseada em fundamentos científicos. Seguindo estes pressupostos podemos então afirmar que estamos na era da “desinformação”, em que todo e qualquer indivíduo tem algo a dizer sobre nutrição e alimentação, seja uma dieta inovadora, ou uma receita “fit”. Esta “mal-informação” não se compadece com a nossa atuação porque se assim fosse, a nossa profissão não necessitaria de existir e os nutricionistas tornar-se-iam obsoletos. Estes achados, revestem-se numa série de questões que nos provocam alguma inquietação, uma vez que partilham nos seus blogues pessoais dietas milagrosas, fórmulas mágicas para emagrecer desenfreadamente, e situações que muitas vezes podem comprometer o estado de saúde dos indivíduos, pelo facto de não serem coerentes com qualquer experimentação científica. O Nutricionista, como profissional de saúde detém todas as competências para disseminar informação fidedigna e tem a grande responsabilidade de ser o veículo da mesma. No entanto, ainda existem muitos entraves para a sua concretização, dado que na nossa população permanece ainda baixa literacia na área da saúde, particularmente na área da nutrição em que por vezes os blogues e plataformas semelhantes conseguem chegar mais facilmente ao grande público e transmitir conhecimento erróneo, ou falta dele, uma vez que a maioria destes apresenta este tipo de informação não baseada em ciência e sim em opiniões e experiências pessoais. Assim, e numa lógica de nos impormos e transmitirmos conhecimento torna-se premente que a população perceba realmente por onde se deve nortear e na dúvida deve procurar um profissional qualificado que lhes permita ser um guia orientador, descodificando a informação muitas vezes mal partilhada. Diogo Santos e Teresa Machado, |