31 de julho de 2017 Quase sete em cada dez idosos portugueses apresentam carências de vitamina D e mais de metade ingere menos cálcio do que aquilo que é adequado. Estes são dados do projeto Nutrition Up 65, divulgados no relatório do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável. Em declarações à agência “Lusa”, Pedro Graça, diretor do programa, adverte que «são perto de 15% os idosos em risco de desnutrição, o que significa uma faixa grande desta população que não é alimentada como devia». A carência de vitamina D chega mesmo a afetar 70% dos idosos, que muitas vezes recorrem a suplementos sem consultar profissionais de saúde. No mesmo relatório é ainda referido que os indicadores de consumo de sal apresentam níveis também preocupantes, uma vez que 85% das pessoas a partir dos 65 anos consomem mais do que as cinco gramas de sal recomendadas. A prevalência de idosos com pré-obesidade e obesidade é também maior do que na população geral e rondam os 70% os que apresentam excesso de peso. Pedro Graça sublinha que a população idosa «é uma população de risco que precisa de ser observada e cuidada», lembrando que esta é uma faixa etária muitas vezes pouco estudada e avaliada. «Há a necessidade de dar atenção muito particular às populações idosas, não só as institucionalizadas, mas também as que vivem nas suas próprias casas», isto porque, com o avançar da idade, as capacidades de um idoso vão diminuindo, sendo, portanto, importante encaminhá-los para alimentos mais densos a nível nutricional e com menos energia. |