A profissão de nutricionista esteve em discussão no CNA 2019 por Pedro Nuno Teixeira, com moderação de Pedro Graça, Diretor da FCNAUP. Falou-se das tendências no ensino superior, essencialmente do que é a sua expansão tornando-se uma realidade em muitos países, bem como o futuro da área.
O professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto e Diretor do CIPES – Centro de Investigação de Políticas do Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira, faz notar que área da nutrição é uma profissão «com futuro», com aposta crescente por parte dos jovens.
Lança-se a questão: «Num momento em que a participação no ensino superior é muito superior ao que já alguma vez foi», qual o reconhecimento dessa valorização no mercado de trabalho?» enquanto se avança que, ainda assim, o ensino superior tem-se revelado uma vantagem. No entanto, verifica-se que, no mercado português, a massificação do ensino superior representa maior diversidade no nível de remuneração e se regista sobreposição no mercado de trabalho.
Os diplomados na área da nutrição cresceram muito nos últimos 10 anos, uma tendência que se manterá, segundo dados apresentados. O professor aborda também a dificuldade a entrar no mercado de trabalho depois do curso e pós estágio, mas ainda assim regista-se um elevado nível de satisfação e reconhecimento da profissão.
A tendência dos níveis salariais é aumento com o aumento da idade, facto que Pedro Nuno Teixeira afirma que pode ser considerado «normal».
Como conclusão, avança-se que esta é «claramente é uma profissão com futuro», mesmo tendo em conta a expetável intervenção do desenvolvimento tecnológico. A atividade dos nutricionistas ainda está entre as profissões menos “rotinizável”, no que respeita ao avanço tecnológico e sua introdução ao serviço dos nutricionistas.
O moderador Pedro Graça conclui que a formação abrangente é importante para a profissão e que a tecnologia tem que ser uma «parceira fundamental» que dever ser potenciada pelo nutricionista.