Nutricionistas aplaudem novas medidas do Governo para a alimentação escolar 924


27 de junho de 2018

A Ordem dos Nutricionistas congratula-se com as novas regras para a alimentação nas escolas, que incluem a abertura das cantinas durante todo o ano, a distribuição de fruta ao pré-escolar e a possibilidade de haver alternativas ao leite, como as bebidas vegetais e o leite sem lactose.
 
As novas medidas, que foram hoje conhecidas, fazem parte do Despacho de Ação Social Escolar, redigido pelo Ministério da Educação, que pretende melhorar a alimentação disponibilizada nos estabelecimentos de ensino públicos.
 
Para a Ordem dos Nutricionistas, a obrigatoriedade de todas as escolas públicas terem as cantinas abertas nas férias de Natal e da Páscoa é «uma medida excelente, que poderá atender às necessidades de muitas crianças. É preciso, no entanto, que nessas alturas as crianças tenham o acompanhamento necessário para se verificar, não só a quantidade, como também a qualidade das refeições que são servidas», avançou o organismo em comunicado.
 
A bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, considera «importante existirem alternativas ao leite de vaca, dando outras possibilidades às crianças que, por exemplo, têm alergia à proteína do leite de vaca. No entanto, a medida para ser perfeita deveria excluir a opção de leite achocolatado e as bebidas vegetais com adição de açúcar».
 
«A disponibilização de fruta ao pré-escolar é uma medida muito bem-vinda, não só para a diminuição de desigualdades sociais, como também para a redução do problema da obesidade infantil. É imprescindível que as escolas disponibilizem lanches saudáveis às crianças, cinco vezes por semana. Será, ainda, fundamental desburocratizar as candidaturas das autarquias ao Regime da Fruta Escolar para que todas as crianças tenham acesso a esta fruta», conclui Alexandra Bento.
 
A Ordem dos Nutricionistas relembra ainda que, para que a alimentação escolar funcione em pleno, deverá ser criada a figura do nutricionista escolar, prevista numa Resolução da Assembleia da República que data de 2012.