Nutrição: Qual a “dieta de treino” ideal para um surfista? 1289

A nutrição em contexto desportivo tem vindo a ganhar cada vez mais atenção pela sua relevância, inclusive em modalidades menos mediáticas. No XXXIII Congresso Científico de Nutrição da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (AEFCNAUP), os congressistas não se atreveram a entrar na água, mas saíram mais instruídos para acompanhar atletas de surf e natação.

Ao longo de dois dias de trabalhos, nos dias 3 e 4 de abril, foram várias as temáticas abordadas na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, para um total de 220 participantes, em particular futuros nutricionistas.

Na sessão “Nutrição e surf: a onda do sucesso”, moderada pela nutricionista Rita Giro, Miguel Rego divulgou que a modalidade, que adquiriu estatuto olímpico nos últimos Jogos Olímpicos, em Tóquio 2020, exige um conjunto de atributos físicos, nomeadamente equilíbrio, flexibilidade e endurance, tanto para lidar com a competição como com as condições do mar, sempre muito variáveis.

Sobre aquilo a que chamou de “dieta de treino”, o nutricionista do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Grande Porto II – Gondomar, confesso apaixonado pela nutrição desportiva, trabalhando com atletas profissionais e amadores, elencou quatro prioridades: manter a saúde e garantir a energia necessária para o crescimento; ajustar a energia e o aporte proteico para alcançar o peso alvo e a composição corporal; ter em consideração as necessidades nutricionais do atleta – nas mulheres, ter em consideração o ciclo menstrual e as necessidades de micronutrientes; periodização do treino e ajuste do aporte de hidratos de carbono.

“Tão claro como a água!” é um dos artigos de cobertura da próxima edição da revista VIVER SAUDÁVEL, afeta aos meses de maio e junho, a ser disponibilizada brevemente. Conheça mais especificidades a ter em conta pelo nutricionista nesta temática na sua revista profissional.