Novo estudo culpa o álcool por sete cancros 1537

Segundo um estudo, publicado na revista científica The Lancet Oncology, o álcool é o culpado por sete tipo de cancro diferentes: do esófago, da garganta, da laringe, do cólon, do reto, do fígado e da mama.

O estudo foi realizado por um grupo de investigadores de instituições de saúde mental e cancro dos EUA, Canadá, França e Nigéria.

O trabalho, denominado por “Global burden of cancer in 2020 attributable to alcohol consumption: a population-based study“, é da autoria de Harriet Rumgay, Kevin Shield, Hadrien Charvat, Pietro Ferrari, Bundit Sornpaisarn, Isidore Obot, Farhad Islami, Valery Lemmens, Jürgen Rehm e Isabelle Soerjomataram.

Para chegar a estes valores, os investigadores utilizaram dados sobre os níveis de ingestão de bebidas alcoólicas por pessoa e por país, em 2010.

Em seguida, combinaram essas informações com uma estimativa de novos casos de cancro em 2020, levando em conta o tempo que o consumo de álcool leva para ter impacto sobre a saúde.

O estudo indica o número de casos, mas não de mortes.

De acordo com a análise feita, em 2020, a ingestão de álcool foi um fator em 741.300 novos diagnósticos de cancro.

Os 741.300 diagnósticos mundiais desses sete tipos de cancro causados pelo álcool representaram 4,1% de todos os diagnósticos de cancro de 2020.

O consumo diário de um pequeno copo de cerveja ou um pequeno copo de vinho, que equivale até 10 gramas de álcool, contribuiu para algo entre 35,4 mil e 145,8 mil casos de cancro no ano passado.

Estes valores variam de acordo com a região. A Europa é da mais afetadas, mais especificamente a do leste e central, assim como o sudeste da Ásia.

A grande maioria dos pacientes era do sexo masculino, com 568.700 mil, ou 77%, do total de casos de cancro atribuídos ao álcool, e só 23% era do sexo feminino.

No top três ficou o cancro de esófago representou com 189.700 dos casos, seguido do cancro de fígado com 154.700, e o cancro da mama feminino, com 98.300 casos.

Ainda que a maior parte dos casos esteja associada ao consumo excessivo de álcool, a ingestão moderada de bebidas alcoólicas também aumenta o risco de desenvolver esta doença. Daí os investigadores sugerirem que diminuir o consumo de álcool pode ser uma estratégia de prevenção destes tipos de cancro.

Pode consultar o estudo aqui.