A NOVA Medical School vai desenvolver uma investigação sobre a relação entre o consumo de massa e índice glicémico nos portugueses.
“Quanto menor o valor de índice glicémico, menor o efeito na subida dos açúcares no sangue. É, por isso, importante analisar os hábitos de consumo nos dias de hoje e adotar estratégias que tenham como resultado um impacto positivo na saúde de todos”, indicou a NOVA Medical School, em comunicado.
A investigação vai ser coordenadora por Conceição Calhau e realizada pelos alunos do Mestrado Integrado em Medicina e da Licenciatura em Ciências da Nutrição.
Este trabalho tem como intuito estudar as características deste hidrato de carbono e o seu impacto nos níveis de glicémia.
Em declarações à Rádio Renascença (RR), Conceição Calhau, explica que a massa apenas engorda se for acompanhada de mais hidratos de carbono.
“Uma massa acompanhada de hortícolas, de peixe, terá um impacto na glicémia – ou seja, no açúcar do sangue – completamente diferente se eu lhe juntar um contexto de mais hidratos de carbono e não tiver fibra, não tiver a presença de hortícolas”, explicou a investigadora.
A fibra contribui para a diminuição do índice glicémico, que permite categorizar os alimentos de acordo com a sua capacidade de aumentar os açúcares no sangue.
A massa está presente no grupo dos cereais e derivados, tubérculos, da Roda da Alimentação Mediterrânica, grupo responsável por fornecer cerca de 28% da energia total diária recomendada.
Os dados mais recentes mostram que os portugueses não atingem as recomendações de ingestão de fibra diária e que consomem em média 103 gramas de massa cozinhada por dia.