A diplomata norte-americana Cindy McCain vai assumir o cargo de diretora executiva do Programa Alimentar Mundial (PAM), anunciou esta sexta-feira esta agência das Nações Unidas que ajuda milhões de pessoas em áreas afetadas por desastres naturais ou conflitos armados.
Cindy McCain, de 68 anos, é a atual representante dos EUA junto das agências da ONU na capital italiana, nomeada para este cargo pelo Presidente Joe Biden.
McCain irá substituir, em abril, o seu compatriota, David Beasley, que ocupou o cargo durante seis anos. “O caminho à frente é assustador e a fome está a crescer” em todo o mundo, destacou McCain, em comunicado citado pela agência France-Presse (AFP) e pela Lusa.
Desde 1992, os vários diretores executivos do PAM que se sucederam são de nacionalidade norte-americana.
McCain, “uma defensora dos direitos humanos, há muito tempo dá voz aos que não têm voz através do seu trabalho humanitário e filantrópico”, sublinharam o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o responsável da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), QU Dongyu, que a nomeou.
Herdeira da Hensley Beverage Company em Phoenix, Cindy McCain é viúva de John McCain, candidato presidencial derrotado em 2008 e figura republicana no Senado, que morreu em 2018.
A norte-americana apoiou Biden, candidato democrata à Casa Branca em 2020, o que marcou a sua rotura com o ex-Presidente republicano Donald Trump, candidato à reeleição e que saiu derrotado.
David Beasley felicitou a sua sucessora através da rede social Twitter, sublinhando que esta assume as rédeas da organização “num momento de conflitos escaldantes, choques climáticos e fome”.
O PAM, Prémio Nobel da Paz 2020, ajudou 158 milhões de pessoas em 2022, e recebeu 14 mil milhões de dólares (cerca de 13,2 mil milhões de euros) em fundos.
Os Estados Unidos são os principais contribuintes da agência, à frente da Alemanha, Canadá e Suécia.