Na sequência de um artigo publicado pelo Financial Times (FT), várias foram as notícias que surgiram levantando questões acerca das qualidades nutricionais da maioria dos produtos da Nestlé. Recorde-se que o artigo do FT tinha por base um documento interno da multinacional Suíça, no qual, alegadamente, se admitia que 60% dos produtos da marca não seriam saudáveis.
No entanto, segundo António Carvalho, da Direção de Comunicação da Nestlé, em declarações exclusivas ao nosso portal, “o artigo do Financial Times tem como base um documento interno que foi tirado de contexto. A análise interna do portefólio só abrange metade das nossas vendas, dado que nutrição infantil, nutrição especializada, alimentos para animais de companhia e café, não estão incluídos. Portanto, tendo em conta a totalidade do nosso portefólio, menos de 30% não cumpriria padrões rígidos de qualidade nutricional externos, constituídos, em grande parte, por produtos de indulgência, como chocolate e gelados”.
António Carvalho salientou ainda o facto de a Nestlé adotar o sistema de rotulagem nutricional Nutri-Score, um algoritmo desenvolvido pelas autoridades de Saúde francesas, “como fator primordial de transparência das marcas e promotor de confiança nos produtos que desenvolvemos”.