Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais vai realizar sessões de esclarecimento presenciais para cuidadores informais por todos o país. 260

São muitos os desafios associados à tarefa de cuidar. São também muitos os obstáculos e as dificuldades que os cuidadores portugueses bem conhecem e que identificaram, num dos inquéritos realizados pelo Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais. Às dificuldades emocionais, sociais ou económicas, juntam-se as que dizem respeito à formação e capacitação, identificadas por mais de metade dos inquiridos (51,8%). É para as ajudar a colmatar que o Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais vai percorrer o País, de Norte a Sul, levando a informação e formação a quem delas mais precisa, no formato de sessões de esclarecimento criadas para esclarecer todas as dúvidas. A primeira realiza-se já no próximo dia 26, pelas 15h00, em Sesimbra, no Espaço Memória de Sesimbra na Casa do Bispo.

Com o apoio das câmaras municipais que integram a Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI), especialistas das associações que fazem parte do Movimento vão ser os guias das sessões que visam colmatar as dificuldades detetadas ao nível de compreensão e acesso à informação. E porque muitos destes cuidadores não têm acesso a plataformas digitais, estas sessões vão ser presenciais, obedecendo a todas as regras de segurança determinadas pela Direção-Geral da Saúde.

“Pretendo com a minha intervenção, nesta sessão em Sesimbra, contribuir e apoiar todos os cuidadores informais presentes a compreender melhor quais os seus direitos, o que é o Estatuto, e a quem podem e devem solicitar ajuda nesta tarefa tão importante e essencial na nossa sociedade. Queremos, como Movimento, promover o esclarecimento de informação junto do maior número de cuidadores possíveis e este é mais um passo para chegarmos a cuidadores que, por exemplo, não têm acesso à internet, redes sociais ou que tem dificuldades em aceder a informação”, acrescenta Vanda Pinto, Assistente Social da Alzheimer Portugal, uma das mais de trinta associações que compõem Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais.

“São muitas as mulheres e os homens que, em Portugal, desempenham a tarefa de cuidador informal, um trabalho exigente e desgastante, na maior parte das vezes sem qualquer recompensa material. E são também muitos, como pudemos constatar através do inquérito realizado pelo Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais, os que precisam de mais apoio, de informações, de esclarecimentos e ajuda para desempenharem as suas tarefas”, refere Pedro Moura, Diretor-Geral da Merck Portugal. “Porque somos, na Merck, ‘As One for Patients’, isso significa que não podemos ficar alheios às dificuldades de quem cuida dos doentes. As sessões que agora têm início destinam-se a melhorar a vida destas pessoas, que cuidam sem pedir nada em troca, a facilitar as suas tarefas, através da partilha de mais conhecimento.”

Sesimbra é a primeira autarquia a receber estas sessões, para a qual estão convidados todos os interessados em saber mais sobre os direitos dos doentes e dos cuidadores e diferentes aspetos associados ao Estatuto do Cuidador Informal. As restantes vão prosseguir, ao longo do ano, noutras zonas do País, com as datas a anunciar em breve no website do Movimento.

A sessão é aberta não só a todos os cuidadores informais mas também a profissionais de saúde, farmacêuticos, assistentes sociais e não necessita de inscrição prévia.

Consulte o programa da sessão de Sesimbra em anexo.

Saiba mais em: https://movimentocuidadoresinformais.pt/

Sobre o Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais

Reconhecidos recentemente por um Estatuto que, apesar de um importante avanço social, continua incapaz de travar por completo o perpetuar de algumas injustiças, os cuidadores têm estado em destaque nos últimos tempos. E é porque, apesar de insubstituíveis, muitos continuam ainda invisíveis, que a Merck Portugal decidiu, no seguimento de um projeto corporativo global, o ‘Embracing Carers’, lançar, em 2020, no País um Movimento que tem como missão ‘Cuidar dos Cuidadores Informais’. Este movimento, apoiado pela Merck, conta com dezenas de associações portuguesas que têm como objetivo concretizar projetos capazes de ajudar, na prática, quem cuida, seja do marido, da mulher, de um filho, do pai, da mãe.

1 https://movimentocuidadoresinformais.pt/wp-content/uploads/2021/04/cuidadores-informais_infografia_2021_A4.pdf