13 de julho de 2017 O ministro da Saúde defendeu ontem que está a tirar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) dos mínimos e afirmou que no final deste ano apenas se ficará «próximo» da cobertura total de médicos de família. Neste debate, Adalberto Campos Fernandes rejeitou a acusação da deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto de que tivessem existido em 2016 mais de 300 milhões de euros em cativações em funções essenciais do SNS. O membro do Governo defendeu em contrapartida que recebeu uma pesada herança em novembro de 2015 do anterior executivo e que está agora «a tirar dos mínimos» o SNS existindo atualmente mais de quatro mil profissionais em funções e mais centros de saúde. Adalberto Campos Fernandes também se lançou no ataque político contra o PSD e o CDS-PP, acusando-os de «lágrimas de crocodilo» em relação ao SNS, «porque antes queriam privatizar os serviços de saúde». A deputada do PEV Heloísa Apolónia questionou o ministro da Saúde para quando a cobertura total de médicos de família, «já que se percebeu que essa meta não será atingida no final deste ano, tal como estava prometido». O ministro da Saúde respondeu que em 2015 havia mais 500 mil pessoas sem médico de família, mas reconheceu que continuam sem essa cobertura cerca de 800 mil portugueses. «Agora em julho e em novembro vamos colocar perto de 400 médicos de família especialistas, que aguardam colocação através de concurso. Portanto, no final deste ano, seguramente não cumpriremos na totalidade, mas ficaremos muito próximos do objetivo de ter no final da legislatura a cobertura plena», disse, citado pela “Lusa”. |