Métodos de avaliação corporal: “Estamos cada vez mais a usar o somatório das pregas” 1003

A alimentação e nutrição no desporto foi um tema abordado durante o XXIII Congresso de Nutrição e Alimentação. Na mesa redonda ‘Catering para Atletas’, falou-se em fatores que influenciam a alimentação dos atletas, como os culturais. Já na mesa redonda ‘Inovação Tecnológica em Nutrição Desportiva’, abordaram-se os métodos de avaliação corporal.

Em geral, “a maioria dos atletas tem um dispêndio energético mais elevado devido ao seu nível de atividade física e composição corporal”, declarou Catarina Nunes, assistente convidada na Egas Moniz School of Health e participante na mesa redonda ‘Inovação Tecnológica em Nutrição Desportiva’, acrescentando que «a composição da massa corporal (massa corporal e qualidade do peso) é muitas vezes controlada, pelo que o seu dispêndio energético deve ser medido de forma precisa de modo a predizer as necessidades nutricionais”.

De acordo com Catarina Nunes, “existem vários métodos para medir o dispêndio energético: água duplamente marcada (método de referência), calorimetria direta, calorimetria indireta, acelerometria, monitorização de frequência cardíaca e questionários, sendo que diferem pelos objetivos do estudo, conveniência, período de tempo necessário, variáveis de interesse, recursos financeiros, precisão e validade”.

Monitorizar mudanças e o estado de saúde

“Porque se deve avaliar a composição corporal?”, foi a questão levantada por Tiago Silva, a frequentar o doutoramento em Nutrição Clínica na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto e membro do Centro Interdisciplinar para o Estudo da Performance Humana, durante a mesa redonda citada.

Para o nutricionista, esta avaliação deve ser feita “para monitorizar mudanças na composição corporal e a efetividade de um programa de treino e de intervenção nutricional”, assim como “para monitorizar o estado de saúde dos atletas para prevenir desordens associadas a níveis extremamente baixos de gordura corporal” e ainda “para identificar e perceber características físicas críticas para a performance”.

No respeitante aos métodos de avaliação de composição corporal, Tiago Silva destacou a medição de pregas cutâneas: “estamos cada vez mais a usar o somatório das pregas”. No entanto, salvaguardou que “os colegas têm de ser certificados pela International Society for the Advancement of Kinanthropometry (ISAK)”.

Nutricionista pode estabelecer “muitas pontes com outros profissionais” nas ULS

“Alimentação é fator com grande valor para a perceção da qualidade geral do evento” é um dos artigos de cobertura da próxima edição da revista VIVER SAUDÁVEL, afeta aos meses de julho e agosto, a ser disponibilizada brevemente. Conheça mais especificidades a ter em conta pelo nutricionista nesta temática na sua revista profissional.