Fátima Ferreira, Enfermeira e Mestre em Agricultura Biológica pela Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC), viu recentemente publicado na revista internacional “Open Agriculture” o seu artigo científico intitulado “Is organic agriculture a potential public health indicator? Evidence from literature”. Este artigo científico resulta do seu trabalho de Dissertação de Mestrado, que contou com a orientação de Goreti Botelho, docente na ESAC e investigadora no Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade (CERNAS) e coautoria de Pedro Mendes-Moreira, Coordenador do Mestrado em Agricultura Biológica e também investigador no CERNAS, nesta mesma instituição de ensino superior.
No artigo é apresentado e, devidamente fundamentado, um modelo conceptual pictórico original que estabelece a interligação entre as áreas da agricultura biológica e a saúde pública.
Fátima Ferreira defende, neste artigo, que a agricultura biológica contribui para a manutenção de um ótimo estado de saúde e para a diminuição do risco de desenvolvimento de doenças crónicas, por produzir alimentos com maior quantidade de compostos bioativos, bem como por não ser permitida a utilização de fertilizantes e pesticidas de síntese neste modo de produção.
A agricultura biológica assenta na prevenção, disponibilizando ao consumidor alimentos saudáveis e produzidos com respeito pela natureza, sem esquecer a saúde e o bem-estar dos agricultores.
Desenvolvendo a saúde pública a sua ação na promoção da saúde e na prevenção da doença, a autora vê a agricultura biológica como promotora de saúde, propondo que seja considerada um indicador de saúde pública e que passe a pertencer ao grupo dos determinantes de saúde. O objetivo é que, ao incluir a agricultura biológica, sejam planeadas, desenvolvidas e implementadas políticas de saúde mais ajustadas às necessidades da população.
Para Fátima Ferreira, “a forma como cuidamos da Terra e como nela produzimos os alimentos tem grande influência na nossa saúde. O contexto de pandemia que estamos a viver, ajuda-nos a reconectar e a valorizar a importância de como são e onde são produzidos os alimentos”.
O artigo científico está acessível na íntegra em https://www.degruyter.com/view/journals/opag/5/1/article-p914.xml.