Mais frutas e vegetais, menos tabaco e álcool: Adolescentes portugueses alteram hábitos 973

Os adolescentes portugueses alteraram os seus hábitos nos últimos quatro anos. A ingestão de fruta, vegetais e o exercício físico aumentaram, ao passo que o consumo de álcool, tabaco e marijuana diminuiu.

Num novo grande estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a adolescência – intitula-se Behaviour in Shool-aged Children (HBSC) e realiza-se em Portugal desde 1998 – a saúde mental dos mais jovens apresenta níveis preocupantes, com um quarto a admitir já se ter magoado para lidar com sentimentos negativos. Com os níveis de tristeza, cansaço e nervosismo em tendência crescente, o estudo apresenta um conjunto (pequeno) de surpresas positivas acerca dos hábitos dos adultos do amanhã.

De acordo com o Público, que cita os resultados, o consumo de fruta mais do que uma vez por dia aumentou de 25,9% para 26,2% nos alunos do 6.º, 8.º e 10.º anos de escolaridade, nos últimos quatro anos. O consumo diário de uma porção de vegetais também registou uma subida, de 33,2% em 2018 para 35,5% em 2022. Refrigerantes e doces são, em contrapartida, menos consumidos pelos adolescentes portugueses.

No campo físico, a prática de uma atividade mais de três dias por semana subiu de 43,1% para 55,7%. O futebol e o futsal, à semelhança do estudo realizado em 2018, mantêm-se como os desportos com maior adesão. No entanto, o aumento do desporto não segue os níveis de obesidade percecionados pelos jovens. São hoje 31,8% os que consideram ter excesso de peso. Em 2018 eram 28,3% e faziam mais dietas.

Os não-fumadores aumentaram de 93,7% para 95,1% e aqueles que o fazem confessam uma menor frequência. Também o consumo de álcool diminuiu em todos os tipos de bebidas, bem como o consumo de marijuana. Os que afirmaram ter consumido durante os 20 dias ou mais relativamente ao mês em que foram inquiridos baixou de 31,6% para 25,8%. As substâncias ilícitas mantiveram ou baixaram os níveis de consumo e experimentação. A exceção foi o consumo de medicamentos como drogas, com um incremento de 1,6% para 1,9%.