Mais de metade dos portugueses não sabe qual é o valor normal de Índice de Massa Corporal 1064

A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) está a divulgar os resultados do estudo “Os portugueses e os fatores de risco”, apresentados no âmbito das comemorações do “Mês do Coração”, que se assinala durante o mês de maio.

O estudo, elaborado pela GfK Metris, em março de 2024, contou com a participação de 934 indivíduos, de idade igual ou superior a 18 anos, residentes em Portugal Continental, e teve como objetivo analisar e compreender o nível de conhecimento dos portugueses sobre a saúde cardiovascular e os fatores de risco associados.

De acordo com o estudo, no que diz respeito ao conhecimento dos portugueses sobre o “Colesterol”, conclui-se que 64% dos portugueses consideram um valor normal de colesterol como inferior a 190 mg/dL, sendo que 65% dos indivíduos têm consciência de que não existe apenas o Colesterol Total.

Já no que diz respeito ao conhecimento dos portugueses sobre a “Tensão Arterial”, os resultados mostram que 75% dos entrevistados acreditam que um valor normal de tensão arterial é inferior a 140/90 mmHg; e que 80% reconhecem a importância de uma atenção redobrada à saúde cardiovascular, quando há histórico de familiares que sofrem de hipertensão.

Relativamente aos temas “Atividade Física” e “Obesidade”, concluiu-se que a maioria dos portugueses (73%) discorda da ideia de que apenas exercícios em ginásios contam como atividade física válida para a saúde cardiovascular; 52% não sabem quando é considerado o valor Normal de Índice de Massa Corporal (IMC); e 68% consideram falsa a afirmação de que a gordura nas coxas e ancas é mais prejudicial do que a gordura abdominal.

Sobre o “Tabagismo”, os resultados do estudo indicam que 68% dos portugueses reconhecem que os cigarros eletrónicos não são uma alternativa saudável aos cigarros convencionais e que não são uma boa ajuda para quem pretende deixar de fumar.

Estes resultados destacam tanto os pontos de conhecimento positivos quanto as lacunas que ainda existem no entendimento dos portugueses sobre saúde cardiovascular.

A FPC “reitera o seu compromisso em fornecer informações precisas e desenvolver estratégias eficazes de educação e prevenção, visando reduzir o impacto das doenças cardiovasculares na sociedade”, lê-se em comunicado.