Mais de 7 milhões de pessoas no Sudão do Sul em risco de elevada insegurança alimentar 570

Mais de sete milhões de pessoas poderão enfrentar elevados níveis de insegurança alimentar no Sudão do Sul até julho, indicou esta terça-feira um porta-voz das Nações Unidas (ONU).

Citando dados do último relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Farhan Haq, porta-voz adjunto do secretário-geral da ONU, indicou que pelo menos 79 mil pessoas estão “em risco de níveis catastróficos de fome”, principalmente em locais afetados por conflitos, crises económicas e choques relacionados com o clima.

“Os nossos parceiros humanitários estão a mobilizar apoio para as pessoas deslocadas devido aos combates intercomunitários no condado de Tambura, em Equatória Ocidental. Estima-se que 26 mil pessoas tenham fugido até agora e a maioria das áreas residenciais ao redor da cidade de Tambura estão desertas”, disse Haq à imprensa, em Nova Iorque, cita a Lusa.

Para impedir mais violência em Tambura, a Missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS) enviou forças de manutenção da paz adicionais para reforçar o local, triplicando ainda o número de patrulhas diárias.

Atualmente, cerca de 200 ‘capacetes azuis’ realizam patrulhas diárias para dar segurança à população local, explicou o porta-voz.

Além disso, a afluência de repatriados e refugiados do conflito no Sudão continua a sobrecarregar os já limitados serviços nos pontos fronteiriços e nas comunidades de acolhimento.

“Desde que a guerra no Sudão começou, em abril do ano passado, pelo menos 670 mil novas chegadas foram registadas no Sudão do Sul – 80% delas repatriadas”, assinalou Haq.

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