A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) vai realizar duas sessões de esclarecimento sobre a doença hepática alcoólica, uma consequência que advém do elevado consumo de álcool, para 110 estudantes do ensino básico e secundário. As sessões vão decorrer no dia 19 de março, no Agrupamento de Escolas Escalada de Pampilhosa da Serra.
Esta iniciativa conta com a colaboração da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra, tendo como objetivo consciencializar e alertar os jovens para as consequências que o elevado consumo de álcool traz para a saúde do fígado.
“O elevado consumo de álcool traz graves consequências para a saúde, principalmente para o fígado. Com estas sessões de esclarecimento esperamos contribuir de forma positiva para o Programa de Educação em Saúde da escola e do Município de Pampilhosa da Serra, bem como prevenir e reduzir a incidência das doenças hepáticas crónicas, que são a quarta maior causa de morte precoce no país e, em grande parte, derivadas do consumo de álcool”, explica Arsénio Santos, presidente da APEF.
E acrescenta: “O consumo de bebidas alcoólicas por parte dos jovens, sobretudo relacionado com a vida social e noturna, é muito preocupante. Segundo os dados do relatório do SICAD, podemos verificar que, no ano de 2022, em cada 10 jovens de 18 anos, 9 beberam álcool”.
De acordo com o relatório “Comportamentos Aditivos aos 18 anos. Inquérito aos jovens participantes no Dia da Defesa Nacional – 2022: Consumos de Substâncias Psicoativas”, realizado pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), o consumo de bebidas alcoólicas está a aumentar entre os jovens com 18 anos, em Portugal, sendo a sua prevalência mais expressiva no sexo feminino (86%), do que no sexo masculino (84%).
O relatório do SICAD demonstra também que em 2021 foram registados 39.874 internamentos hospitalares, com diagnóstico principal ou secundário atribuíveis ao consumo de álcool, envolvendo 29.965 indivíduos em Portugal. Os dados referem ainda que, em 2020, morreram 2.544 pessoas por doenças atribuíveis ao álcool, 26% das quais por doenças atribuíveis a doença alcoólica do fígado.