São mais de 100 as escolas por todo o país que continuam a vender alimentos açucarados, tais como refrigerantes e chocolates, apesar das recomendações Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Direção-Geral da Educação (DGE).
A noticia divulgada pelo Diário de Noticias na passada sexta-feira avança também que muitas escolas ainda não seguem as directrizes do documento criado em 2012, com orientações sobre a oferta alimentar nos estabelecimentos de ensino.
O documento criado pela DGS e pela DGE indicava que alimentos ricos em lípidos e sal ou ricos em açúcar deviam ser evitados. Contudo, no último ano foram registados contratos entre escolas públicas e empresas para fornecimento de alimentos que não deviam ter sido realizados.
Segundo o jornal, um estudo do Conselho Nacional de Saúde (CNS) de 2018 já tinha indicado que a maioria dos estabelecimentos escolares não cumpre as directrizes, sendo que os que cumprem são apenas 1,3%.
Apesar dos vários programas de combate à obesidade nas escolas divulgados pela DGE e pela DGS, a obesidade infantil em Portugal continua a ser das mais altas na Europa. Segundo dados da Childhood Obesity Surveillance Initiative, 15,3% das crianças de 8 anos são obesas e 5,4% têm obesidade severa.