No passado dia 11 de janeiro, a cidade de Lisboa assumiu-se como Capital Verde Europeia 2020.
Esta distinção resultou da avaliação de um conjunto de especialistas internacionais sobre 12 indicadores que visam avaliar a sustentabilidade na cidade e foi anunciada pelo Comissário Europeu do Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, Karmenu Vella, a 21 de Junho de 2018.
E foram vários os dados que permitiram esta distinção. Entre 2004 e 2017, a Câmara de Lisboa reduziu em 46% o seu consumo de água. As emissões de dióxido de carbono diminuíram 42% de 2002 a 2016. A recolha selectiva encontra-se nos 28% e em 2018 era cerca de 18%, e a taxa de reciclagem e preparação para reutilização de 34,4% quando em 2018 rondava os 40%. Só entre 1 a 3% dos resíduos vão para aterro.
Durante este ano, Lisboa vai ser uma cidade comprometida com a redução nas emissões de dióxido de carbono, a resiliência às alterações climáticas, a erradicação da pobreza energética, uma mobilidade mais sustentável, uma diminuição do ruído, uma melhoria da qualidade do ar e uma gestão mais eficaz dos resíduos urbanos.
Aliás o município propõe-se a reduzir em 60% as emissões de dióxido de carbono até 2030 e atingir a neutralidade carbónica até 2050.
Tornar a cidade resiliente às alterações climáticas é outro dos objectivos. Segundo as contas da autarquia, entre 2017 e 2021 deverão estar plantadas 100 mil árvores, passando a ter mais 347 hectares de área verde do que em 2008. A câmara quer ainda criar mais 300 talhões de hortas urbanas, chegando assim aos mil e atingir os 25 parques hortícolas até 2021.
Outra das apostas será a energia solar, instalando painéis solares em 27% dos telhados com melhor potencial solar. Dotar a cidade com 410 novos autocarros de elevado desempenho ambiental até 2023, duplicar a frota de eléctricos, aumentar em 40% de oferta de transporte público rodoviário na área metropolitana e ter ciclovias que liguem toda a cidade são outras das metas a atingir.
Usar água reciclada na lavagem de ruas e regas de jardins em toda a cidade, até 2025, é outro dos objetivos. Assim como alargar a recolha selectiva porta-a-porta de biorresíduos a toda a cidade e melhorar os números da recolha selectiva e da taxa de reciclagem.
E para que todos estes objetivos sejam alcançados é preciso investimento. E de acordo com o orçamento municipal, Lisboa Capital Verde Europeia vai ter um de cerca de 60 milhões de euros.