À margem do segundo e último debate promovido pela Comissão Eleitoral da Ordem dos Nutricionistas (ON), a candidata a bastonária Liliana Sousa fez, em declarações à Viver Saudável, um balanço dos dois momentos de argumentação com Bárbara Beleza.
Para a nutricionista na Unidade Local de Saúde de Matosinhos, “a necessidade de mudança é importante”, pelo que a sua candidatura representa “a renovação que a profissão precisa”. Para a candidata, os debates realizados serviram para “conversar, expor e trazer” à mesa aquilo que “cada candidatura perspetiva como solução”.
“Ficou claro que a nossa candidatura, para além de ser do terreno, é uma candidatura de renovação”, ao contrário da Lista concorrente, que “parece ter ainda enraizado o cunho do que se fez até hoje”. A sua perceção é a de que “as dificuldades são grandes e que afinal a vontade de mudança parece ter de facto algum travão”.
“Falamos acerca do despacho que prevê a implementação do rastreio nutricional em todos os níveis de cuidados e que, no fundo, revoga até um prévio relativamente à implementação do rastreio nutricional em doentes nos hospitais. E na verdade quem conhece a realidade no terreno sabe que o primeiro está muito aquém de ser concretizado”, explicou a nutricionista, que aplaude o avanço, mas salvaguarda o que terá feito a ON para capacitar os profissionais responsáveis por assumir este compromisso.
“Temos problemas de base a resolver”
A candidata reforçou que a precariedade é um dos temas que a preocupa. “Surgimos por sentirmos um terreno deslocado daquilo que era a leitura da profissão, temos ainda problemas de base por resolver”, referiu.
“Temos os tais alicerces estruturais que queremos fortalecer, e que mesmo podendo demorar algum tempo – mesmo que do ponto de vista processual possa ter que implicar um trabalho de ação mais assertivo e dirigido – ele tem que acontecer”, continuou. Caso contrário, a profissão “passa a ter um papel secundário na sociedade”.
