O Dia Internacional de Consciencialização sobre o Desperdício Alimentar, instituído em julho pela Assembleia Geral das Nações Unidas, é comemorado pela primeira vez esta terça-feira, 29 de setembro.
Para comemorar esta data foi lançado o movimento “Unidos Contra o Desperdício”.
Este partiu de uma ideia da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, e é apadrinhado pelo Presidente da República e tem como parceiros fundadores a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), a Associação Portuguesa de Logística (APLOG), a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP,) a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), a DARIAcordar, a Refood e Lisboa Capital Europeia Verde.
A ideia é que as organizações possam trabalhar em conjunto e conscientizar a população para o desperdício alimentar.
“O objetivo é juntar todos numa mesma plataforma, de aprendizagem e de consciencialização para o desperdício: quem está na área operacional, na distribuição, no associativismo, etc. Cada um de nós faz coisas para combater o desperdício, mas não estamos articulados e esta é uma forma de nos articularmos para sensibilizar a população”, explica Paula Policarpo, da CRIAcordar/Zero Desperdício, um dos fundadores deste movimento.
De acordo com este movimento, e como não há dados oficiais em Portugal, estima-se que um milhão de toneladas de alimentos são deitados para o lixo. Este valor dava para alimentar as 360 mil pessoas com carências alimentares no país”.
“Um terço da comida que se produz está condenado ao desperdício e 17% da comida é deitada fora ainda antes de chegar aos consumidores. O desperdício de alimentos é responsável pela emissão de gases de efeito de estufa equivalente à rede global dos transportes terrestres, contribuindo para o aquecimento global. Se este desperdício fosse aproveitado, seria suficiente para alimentar dois mil milhões de pessoas. Daria para dar de comer duas vezes a todos aqueles e aquelas que passam fome em todo o mundo”, explica o movimento.
Na Europa, cerca de 88 milhões de toneladas de alimentos são desaproveitados anualmente, com um custo estimado de 143 mil milhões de euros.