O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) está apto a disponibilizar, a partir de 09 de julho, aos hospitais portugueses medicamentos produzidos pela Kedrion provenientes do fracionamento do plasma português resultante das dádivas de sangue de dadores benévolos, na sequência da publicação da Portaria 173/2024/1 de 8 de julho, que procede a aprovação da tabela de produtos de sangue e outros serviços prestados pelo IPST IP.” A disponibilização destes medicamentos dá continuidade ao cumprimento de um dos objetivos do Plano Estratégico do IPST, IP (2020-2022 e 2024-2026) que visa contribuir para a autossuficiência do país em alguns derivados do plasma.
Na sequência de um concurso público internacional, lançado em 2021, a Kedrion Biopharma foi a empresa adjudicatária para o fracionamento do plasma nacional. As soluções terapêuticas, que advém deste procedimento concursal, resultam nos medicamentos Albumina, Imunoglobulina Humana Normal e Fator VIII da Coagulação que tratam uma grande variedade de doenças, congénitas e adquiridas, e em muitos casos salvam o doente em risco de vida.
O Conselho Diretivo do IPST afirma que “É com grande satisfação que o IPST, IP, após vários esforços e de trabalho estreito, quer com os serviços de sangue hospitalares participantes no concurso, quer com a Kedrion, empresa adjudicatária do concurso publico plurianual 2021/2024, pode agora dar continuidade ao processo de entrega destes medicamentos aos hospitais que deles necessitem, contribuindo para a sucessiva e tendencial redução da dependência de importação, de acordo com o Programa Estratégico Nacional. O aproveitamento de plasma português permite produzir medicamentos que, em muitos casos, salvam vidas e tratam milhares de pessoas que sofrem de doenças graves. Este ciclo permite gerar uma poupança para o país, o que por sua vez contribui para a sustentabilidade do sistema de saúde”.
Estes medicamentos foram produzidos a partir de 60.000 litros de plasma recolhidos em Portugal ao longo de 2023. Este foi o maior envio de plasma português para a indústria farmacêutica, contribuindo desta forma para a redução da despesa nacional com medicamentos derivados do plasma de grande consumo hospitalar, gerando uma poupança nacional representada pelo valor da matéria-prima (plasma nacional).
Joana Silvério Marques, Country Sales Manager “Ganhar este concurso permitiu à Kedrion ver reforçada a sua presença no país e com enorme satisfação contribuir para o aproveitamento do plasma português. A reserva de plasma não é infinita, é um recurso biológico escasso e de valor inestimável que não pode ser desperdiçado e é nosso dever sensibilizar as pessoas e as instituições para esta realidade. A procura destes medicamentos continua a crescer, especialmente a procura de Imunoglobulinas não específicas, pelo que é essencial a colaboração estreita entre a indústria fracionadora de plasma e o IPST.”