Investigação surge no âmbito do projeto “Protecting the brain from metastatic breast cancer”, financiado pela Fundação LaCaixa (Espanha) e Fundação Para a Ciência e a Tecnologia (Portugal)
O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres. Muitas vezes, este cancro acaba por espalhar-se para o cérebro e o tumor torna-se muito difícil de tratar, devido à dificuldade de encontrar medicamentos que consigam alcançar este órgão. É neste sentido que surge o projeto “Protecting the brain from metastatic breast cancer”, elaborado por uma equipa de investigadores portugueses do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM), que lideram um consórcio ibérico.
Este projeto surge com o intuito de desenvolver um medicamento, inspirado nos próprios anticorpos do nosso corpo, mas capaz de chegar ao cérebro e matar as células de metástases de cancro de mama aí instaladas. Segundo Miguel Castanho, investigador do iMM e Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e responsável pelo projeto, “a sua singularidade (do projeto) é trabalhar para criar uma esperança para alguns tipos de cancro ainda sem medicamentos eficazes disponíveis”.
A equipa do projeto é composta por investigadores de excelência, em duas instituições portuguesas e duas espanholas, das áreas de manipulação de anticorpos, transporte de medicamentos do sangue para o cérebro, replicação de doenças humanas em animais e triagem de novos medicamentos no corpo.
Este projeto foi um dos vencedores da quarta edição do Concurso de Apoio a Projetos de Investigação em Saúde da Fundação “la Caixa”, que contou com 644 candidaturas. A iniciativa tem como finalidade identificar e promover projetos de excelência científica e de maior potencial e impacto na sociedade, tanto na investigação básica como na investigação clínica ou translacional.