13 de abril de 2018 Um projeto de investigação europeu, liderado pelo INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia, pretende criar «alimentos funcionais» que melhorem os níveis de diabetes tipo 2 e a capacidade cognitiva de idosos, anunciou ontem aquela instituição. Em comunicado, o INL, sediado em Braga, explica que o FODIAC – Food for Diabetes And Cognition, que será apresentado sexta-feira, será desenvolvido nos próximos quatro anos e que será financiado por fundos europeus, no âmbito das Ações Marie Curie, integrando um total de 15 entidades, desde parceiros académicos ao mundo empresarial. «Trata-se de um programa que pretende, através da alimentação, ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com idades acima dos 60 anos, tantas vezes afetadas por diversas patologias, estando a diabetes e as disfunções cognitivas entre as mais prevalentes», explica no texto o diretor de Ciências da Vida do INL, Lorenzo Pastrana. Segundo o INL, «o envelhecimento crescente da população mundial coloca à comunidade científica o desafio de encontrar soluções que ajudem a minimizar os inconvenientes associados a esta tendência demográfica», citou a “Lusa”. Pelo que o FODIAC tem como «objetivo primário utilizar a dieta alimentar como veículo de compostos bioativos naturais, para além de também pretender, de forma saudável, recuperar o prazer de comer, tantas vezes afetado pela perda progressiva de capacidade sensorial / gustativa nos mais idosos». No texto, Lorenzo Pastrana salienta ainda que com aquele projeto pretende-se a «valorização de subprodutos alimentares e a redução do desperdício alimentar, através do desenvolvimento de novas tecnologias que permitam extrair nutrientes, por exemplo, de cascas e sementes de frutos, naturalmente ricos em antioxidantes e que acabam sempre no lixo». O Projeto FODIAC integra, além do INL, a Universidade do Minho, Universidade Católica Portuguesa, Universitá Cattolica del Sacro Cuore (Milão, Itália), University of Reading (Reading, Reino Unido), Lunds Universitet (Lund, Suécia), bem como o CSIC – Consejo Superior de Investigaciones Científicas (Espanha), e as empresas Grupo SONAE, Anfaco, A&R House, Bioinicia, Casa Emma, Decorgel, Domus Vi, e Evra. |