Investigadores da Universidade do Illinois, nos Estados Unidos, desenvolveram um “gerador de comida” que transforma plástico em proteína comestível.
Esta investigação foi realizada por Ting Lu, professor de bioengenharia na Universidade do Illinois Urbana-Champaign, e Stephen Techtmann, professor associado de ciências biológicas na Universidade Tecnológica de Michigan, ambas nos Estados Unidos.
O objetivo dos dois cientistas passou por melhorar um processo de conversão de plástico em pó proteico e lubrificantes, através de uma combinação de químicos e calor elevado (pirólise).
O novo sistema consiste num aparelho onde os indivíduos podem depositar lixo plástico, ou biomassa não comestível, numa ranhura e, depois, esse lixo é processado em reatores e decomposto pelo calor.
O subproduto é então colocado num tanque com uma população bacteriana que se alimenta dele e, por fim, as células são secas (transformando-se num pó) e armazenadas para posterior utilização.
Os alimentos resultantes contêm toda a nutrição necessária, são não tóxicos, proporcionam benefícios para a saúde e permitem adicionalmente necessidades de personalização.
Numa entrevista dada à revista Interesting Engineering, Stephen Techtmann explicou que, para este projeto utilizaram “organismos naturais artificiais para decompor os plásticos e a biomassa vegetal não comestível para os converter em alimentos”.
Este “gerador de alimentos” foi financiado pela Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA), com 7,2 milhões de dólares em quatro anos, e venceu o Prémio Future Insight 2021, num valor de 1,18 milhões de dólares (cerca de 1 milhão de euros).