Investigadores da FCUP estudam formas de prolongar a vida útil do morango 1083

Um projeto de uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e do GreenUPorto (Centro de Investigação em Produção Agroalimentar Sustentável), pretende controlar o aparecimento da podridão cinzenta, com o intuito de prolongar a vida útil do morango.

A podridão cinzenta deve-se ao fungo Botrytis cinerea. Os esporos do fungo já lá se encontram nos frutos, contudo só se desenvolvem quando o fruto está maduro.

“Este fungo pode infetar cerca de 500 espécies de plantas, entre as quais se incluem culturas tão importantes quanto a vinha, tomate, kiwi, maçã, framboesas e outros pequenos frutos. Leva a perdas muito significativas na produção, na pós-colheita e depois no consumidor”, explicou Susana Carvalho, docente da FCUP e investigadora do GreenUPorto, que lidera este projeto, ào portal da Universidade do Porto (UP).

Para além de Susana Carvalho, estão envolvidas neste projeto a investigadora Tânia Fernandes e a estudante de doutoramento em Ciências Agrárias na FCUP, Chiara Murena.

No combate a este fungo são usadas quantidades elevadas de produtos fitofarmacêuticos.

Um dos objetivos dos investigadores é identificar e otimizar a aplicação de substâncias mais sustentáveis, que o uso de produtos fitofarmacêuticos, que potenciem os produzidas pela própria planta como mecanismos de defesa da própria planta contra o ataque deste fungo.

Algumas destas substâncias, conhecidas como elicitadores, serão testadas numa estufa de morangos produzidos em hidroponia, localizada nas instalações do GreenUPorto, no Campus de Vairão.

“Pretendemos saber quais os elicitadores com um efeito mais eficaz e com que frequência e em que doses é que devem ser aplicados no campo, para garantir melhores frutos para o consumidor”, explica Susana Carvalho, ao portal da UP.

O projeto, financiado pela FCT, em cerca de 240 mil euros, será realizado em colaboração com a Universidade de Birmingham, no Reino Unido.