Investigação: Restos de alimentos ajudam a criar conservantes naturais usados pela indústria 922


19 de abril de 2018

Um novo projeto desenvolvido pelo Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho mostrou ser possível criar antioxidantes ou corantes naturais a partir de restos de alimentos, como cascas de batata, castanhas ou através da pele do tomate, que podem ser utilizados na indústria alimentar.

«O que nós queremos fazer é extrair componentes que são benéficos para a saúde humana e reutilizá-los, introduzindo-os noutros alimentos», explicou ao “Observador” António Vicente, professor e investigador responsável por este projeto.

Este plano «permite criar produtos alimentares muito pouco processados», explica o investigador, além de «possibilitar o reaproveitamento dos biorrecursos existentes».

O soro de leite, por exemplo, já deu origem a vários tipos de géis de proteína depois de ter sido rejeitado pelas fábricas de queijo. Esses géis proteicos são enriquecidos com vitaminas e minerais para depois serem vendidos novamente para as empresas da indústria alimentar: uma parte é utilizada da produção de alimentos energéticos úteis a desportistas de alto rendimento, enquanto outra parte pode ser aplicada em revestimentos para proteção de produtos alimentares, como os queijos ou a charcutaria, lê-se no “Observador”.

Para além do setor alimentar, o investigador pretende expandir esta ideia para o setor da saúde e da cosmética.