28 de Novembro de 2016 O grupo de investigação de Biologia Interativa de Sistemas, Metabólica e Cancro da Universidade de Barcelona (UB) descobriu que as propriedades contidas na pele das azeitonas reduzem notoriamente os tumores intestinais. A investigadora principal, Marta Cascante, explicou, em declarações à agência “Efe”, citada pela “Lusa”, que esta parte das azeitonas atualmente não tem aproveitamento e que sempre pensou que «devia fazer alguma coisa para ajudar as pessoas com tendência a desenvolver pólipos intestinais no cólon e no reto». O estudo de Cascante, que foi distinguido na semana passada com o prémio do Conselho Social e Fundação Bosch e Gimpera (FBG) na categoria de melhor projeto de transmissão de conhecimento, destina-se a desenvolver um suplemento alimentar para as pessoas afetadas. Este suplemento, de caráter natural por ser elaborado com as sobras das azeitonas resultantes da produção de azeite, ajudará a reduzir os tumores intestinais, além de «gerar um valor ao aproveitar os resíduos da indústria alimentar», assegurou a autora. A investigadora defendeu a importância de fazer um produto deste tipo porque as pessoas que sofrem deste mal têm de submeter-se, durante toda a vida, a controlos muito exaustivos e a várias extrações de pólipos para evitar que se transformem em tumores. «Em alguns casos, infelizmente, o problema não se resolve», acrescentou Cascante, reivindicando a necessidade de investigar tratamentos «para esta enfermidade minoritária». Até ao momento, as investigações têm sido feitas em ratos, aos quais foi ministrado durante seis semanas o composto de peles de azeitona para comprovar se a redução dos pólipos intestinais era efetiva, com o que pôde demonstrar-se uma diminuição de 45%. |