A população em insegurança alimentar aguda em Cabo Verde diminuiu 30% no período entre colheitas (junho a agosto) deste ano, face à mesma época de 2022, de acordo com a estimativa de um relatório de vigilância agroalimentar divulgado pelas Nações Unidas.
“Estima-se que 32.300 pessoas tenham enfrentado insegurança alimentar aguda entre junho e agosto de 2023, incluindo quase 1.300 pessoas em situação de emergência”, lê-se no último relatório sobre o país do Sistema Mundial de Informação e Alerta Precoce sobre Alimentação e Agricultura (GIEWS, sigla inglesa), consultado esta quarta-feira pela Lusa.
A situação “melhorou, se comparada com o mesmo período em 2022, quando se estimou que 46.100 pessoas estavam em insegurança alimentar aguda”.
De acordo com o documento, “a melhoria ocorreu especialmente na ilha de Santiago, onde o número de pessoas em insegurança alimentar aguda diminuiu de 33.000, em 2022, para 15.800 em 2023”, ou seja, uma redução de 52%.
A evolução deveu-se, sobretudo, ao fim da seca de cinco anos.
O regresso da chuva permitiu uma subida da produção de milho: no total nacional, a produção média foi de 340 toneladas por ano entre 2017 e 2021, mas no ano de 2022 o valor cresceu para 4.178 toneladas.
O GIEWS é um instrumento da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).