O Departamento de Alimentação e Nutrição do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) decidiu disponibilizar no seu portal uma série de textos elaborados pelos seus colaboradores, com o objetivo de partilhar informações sobre alimentos saudáveis e seguros. O primeiro texto é sobre a vitamina D.
O INSA começa por destacar que uma das principais preocupações prende-se com a insuficiência desta vitamina.
“A insuficiência de vitamina D é uma grande preocupação em saúde, quer por a dieta poder não incluir alimentos ricos neste nutriente quer pela organização da vida das populações, cujas rotinas diárias se desenrolam em ambientes fechados, longe da luz solar direta. Esta situação é particularmente importante no momento de confinamento social atual”, indica o INSA.
Tendo em conta o isolamento em que se vive neste momento, por causa da pandemia por covid-19, esta torna-se uma preocupação acrescida.
“Nas condições atuais de confinamento, os alimentos são uma fonte de vitamina D especialmente importante. O corpo humano produz vitamina D3 na pele, na presença de luz solar direta por ação dos raios ultravioleta B (UVB). Estes raios não atravessam o vidro e a sua energia reduz-se consideravelmente à sombra, provocada por exemplo pelas nuvens”, explica.
O texto apela não só à exposição solar direta, mas também a um consumo de alimentos com vitamina D que colmatem essa falta devido ao confinamento social, pois a vitamina D é essencial para “manter os ossos saudáveis, assim como ao “desenvolvimento das células, à função neuromuscular, às defesas do organismo e à redução da inflamação”.
O INSA aproveita para esclarecer quais são valores de ingestão diária de vitamina D sugeridos pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), assim como quais as fontes naturais dessa vitamina.
“As fontes naturais de vitamina D são limitadas, destacando-se os peixes: sardinha, truta, safio, corvina, enguia, lampreia, solha, dourada, salmão, sarda, goraz, garoupa, linguado, cherne, robalo e pescada com teores entre 5 e 30 µg/100 g, e, em quantidades mais modestas, a gema de ovo e os laticínios. Os alimentos enriquecidos disponíveis no mercado, como os cereais de pequeno-almoço, o leite e as bebidas vegetais bem como e os cremes vegetais para barrar são também uma fonte importante”, explica o documento.
O texto do Departamento de Alimentação e Nutrição do INSA, aproveita também por deixar uma série de sugestões para a época de confinamento, de modo a evitar a falta da vitamina D no organismo.
Fazer um passeio na área da sua residência garantindo o distanciamento social, abrir a janela e aproveitar a varanda, desfrutar do sol durante 15 minutos, pelo menos 2 a 3 vezes por semana, comer peixe 2 a 3 vezes por semana, são algumas dessas indicações.
O INSA aproveita para concluir que “não há evidências de que os alimentos sejam uma via de transmissão da covid-19; a transmissão desta doença está ligada ao contacto direto ou indireto com gotículas libertadas pela boca ou pelo nariz de pessoa infetada com covid-19”, e aconselha a que se sigam os conselhos da Direção-Geral da Saúde.
Pode ler o texto do INSA aqui.