INSA: Diabetes afeta mais homens e pessoas sem atividade profissional 1044

 

 

 

14 de novembro de 2018

Em 2015, 641 mil portugueses (9,9%) sofriam de diabetes, uma doença mais frequente nos homens e nas pessoas sem atividade profissional e com menos escolaridades, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Ricardo Jorge, a propósito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala hoje.

Os dados fazem parte do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), realizado pelo Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que analisou o estado de saúde da população residente em Portugal, em 2015, com idade entre os 25 e os 74 anos.

Segundo os dados, a diabetes foi mais frequente nos homens (12,1%), no grupo etário dos 65-74 anos (23,8%), nas pessoas sem atividade profissional (20,6%) e com menos escolaridade (20,1%).

De acordo com a agência “Lusa”, estes dados foram obtidos a partir das medições da hemoglobina glicosilada efetuadas e de dados obtidos por questionário.

Foram considerados diabéticos as pessoas (não incluindo mulheres grávidas) que tinham hemoglobina glicosilada igual ou superior a 6,5%, que reportaram a toma de medicação para a diabetes nas duas semanas anteriores à entrevista ou que disseram ter diabetes.

O primeiro INSEF foi desenvolvido em 2015 para recolha de informação epidemiológica sobre o estado, determinantes e cuidados de saúde da população portuguesa.

Foram estudadas 4911 pessoas, na sua maioria em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), quase dois terços (63,4%) dos quais «sem escolaridade ou com escolaridade inferior ao ensino secundário»  e 11,2% desempregados.

«Este Inquérito teve como mais-valia o facto de conjugar informação colhida por entrevista direta ao indivíduo com dados de uma componente objetiva de exame físico e recolha de sangue», refere o INSA.