INSA aconselha utilização de sal iodado 2991

De acordo com o Departamento de Alimentação e Nutrição (DAN) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), “a evidência científica tem vindo a demonstrar que a carência de iodo é uma das principais causas das doenças mentais evitáveis”, assim como “é de uma importância crucial no desenvolvimento cognitivo”.

Como tal, o INSA aconselha que em tempos de “confinamento é importante ter sempre presente as boas práticas de confeção de alimentos sem perda de nutrientes”.

Para que isso aconteça, “a substituição de sal comum por iodado é uma boa prática em períodos de baixo consumo de peixe e marisco fresco, como a que vivemos. Também no período de confinamento as refeições das crianças em idade escolar devem ser temperadas com sal iodado, uma vez que é este o ingrediente sal comestível utilizado nas refeições servidas nas escolas”, indica o INSA no seu portal.

Tendo em conta vários estudos que o DAN tem efetuado sobre a ocorrência de iodo nos alimentos portugueses, “o pescado consumido é uma boa fonte de iodo, enquanto os laticínios e as refeições compostas à base de peixe contribuem para assegurar uma percentagem relevante da dose diária de iodo”.

“Estima-se que uma porção de bacalhau pode contribuir com 48% da Dose Diária Recomendada (DDR) de iodo e 100% de selénio, enquanto três porções de lacticínios podem suprimir até 48% da DDR de Iodo. Assim para a população saudável que consuma alimentos com teores varáveis em iodo como os hortícolas, ou alimentos pobres em iodo como as massas e o arroz, é recomendável a confeção com sal iodado”, aconselha o DAN.

Lembrar que “o iodo é um micronutriente essencial que é responsável pela síntese das hormonas tiroideias (triiodotironina e tiroxina). O selénio e o zinco são dois micronutrientes essenciais, também envolvidos nas reações bioquímicas de formação destas hormonas. O iodo não é sintetizado no organismo sendo a alimentação a principal fonte deste oligoelemento”, explica o INSA no seu portal.