Quase metade dos adultos acredita que é pouco provável vir a desenvolver infeção por herpes zoster [5], vulgarmente conhecida por zona. Esta infeção é provocada por um vírus que está já presente no organismo da maioria dos adultos [7], podendo afetar uma em cada três pessoas ao longo da vida [1][2][3][4]. Os dados são de um inquérito global, lançado pela GSK plc (LSE/NYSE: GSK) no âmbito da Semana de Sensibilização para a Zona, assinalada este ano de 26 de fevereiro a 3 de março e dinamizada em colaboração com a Federação Internacional sobre o Envelhecimento (IFA).
O estudo, que envolveu 3500 adultos com 50 anos ou mais de 12 países, avaliou a compreensão dos inquiridos relativamente ao herpes zoster[5], analisando também os meios preferenciais dos adultos para obterem informações relacionadas com a saúde. Os resultados mostram que um grande número de pessoas com 50 ou mais anos de idade recorre frequentemente a meios menos tradicionais para aceder a informações sobre saúde,[5] com 90% dos inquiridos a afirmarem que utilizariam motores de busca na Internet, como o Google.[5]
“Não há dúvida de que estes resultados mostram a clara necessidade da educação e sensibilização da população para os riscos e o impacto deste vírus. Esta é uma doença que não pode ser subestimada, principalmente em pessoas acima dos 50 anos”, afirma Neuza Teixeira, Diretora Médica da GSK.
Uma percentagem bastante elevada dos inquiridos não compreende o risco de vir a desenvolver herpes zoster, com 86% a subestimá-lo. [5] Um quarto (26%) estima que uma em cada 100 pessoas corre o risco de vir a desenvolver herpes zoster durante a sua vida,[5] quase um quinto (17%) estima que pode afetar 1 em cada 1000 pessoas. Os dados revelam assim algumas lacunas significativas na compreensão do risco de herpes zoster entre as pessoas com 50 anos ou mais, um grupo que já se encontra em risco de vir a desenvolver a doença.[6]
Os resultados do inquérito evidenciam também uma falta de sensibilização para a dor que o herpes zoster pode causar. A doença, que normalmente se apresenta como uma erupção cutânea, com bolhas dolorosas no peito, no abdómen ou na face[6], é frequentemente descrita como uma sensação de dor, ardor, picada ou choque.[1] No entanto, 1 em cada 10 adultos inquiridos não conhece os sintomas mais comuns do herpes zoster e mais de um quarto (28%) acredita que o herpes zoster é “essencialmente inofensivo”.[5]
O herpes zoster é causado pela reativação do vírus varicela-zoster (VZV), o mesmo que causa a varicela.[1] À medida que as pessoas envelhecem, o sistema imunitário vai diminuindo a sua função, aumentando a probabilidade de reativação deste vírus que se encontrava “adormecido” no organismo,[1] e colocando, assim, as pessoas com 50 anos ou mais em risco acrescido de vir a desenvolver herpes zoster.[1]
Após a erupção cutânea característica do herpes zoster, existem casos em que pode surgir uma complicação associada ao Herpes Zoster, a nevralgia pós-herpética (NPH), que consiste numa dor nervosa de longa duração que pode durar semanas ou meses e, ocasionalmente, persistir durante vários anos. [1] Esta é a complicação mais comum do herpes zoster, ocorrendo em 5% a 30% de todos os casos, de acordo com os resultados de vários estudos.[8]
“É muito importante que continuemos os nossos esforços, ao lado da Federação Internacional sobre o Envelhecimento, para aumentar a consciencialização sobre o risco de herpes zoster em adultos com mais de 50 anos. Estas novas descobertas revelam uma falta de conhecimento sobre a doença e quem está em risco. O herpes zoster pode ser uma doença debilitante com um impacto significativo na qualidade de vida quotidiana das pessoas afetadas. Na terceira Semana de Sensibilização para a Zona, pedimos às pessoas que falem com um profissional de saúde sobre esta doença tão dolorosa que poderá afetar-nos ao longo da nossa vida.”, conclui Neuza Teixeira.
Uma avaliação dos dados de pesquisa global do Google ao longo de 12 meses a partir de setembro de 2022 mostra que pode ser necessária mais clareza sobre a doença, tal como evidenciado pelas pesquisas online.[9] Foi registado um aumento de 600% nas pesquisas por “fases da erupção cutânea da zona em imagens”,[9] o que evidencia um interesse crescente pelo herpes zoster, bem como uma maior prevalência de fontes online que fornecem informações relacionadas com a saúde.
Referências:
[1] Harpaz R, et al. Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP), Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2008;57(RR-5):1-30.
[2] Australian Institute of Health and Welfare. Shingles in Australia. Available at: https://www.aihw.gov.au/getmedia/759199ff-f5c8-421d-a572-aaa984a02b49/aihw-phe- 236_shingles.pdf.aspx. Last Accessed: November 2023
[3] Lee C, et al. Lifetime risk of herpes zoster in the population of Beijing, China. Public Health in Practice. 2023 Jun;5:100356.
[4] Curran D, et al. Meta-Regression of Herpes Zoster Incidence Worldwide. Infect Dis Ther. 2022 Feb;11(1):389-403.
[5] Shingles Misconceptions Map Survey (Australia, Brazil, Canada, China, Germany, India, Italy, Japan, Portugal, South Korea, United Kingdom, United States), Pollfish on behalf of GSK. 18 August 2023. (Data on file)
[6] Mueller NH, et al. Varicella Zoster Virus Infection: Clinical Features, Molecular Pathogenesis of Disease and Latency. Neurologic Clinics. 2008;26;675-697.
[7] Johnson RW, et al. Herpes zoster epidemiology, management, and disease and economic burden in Europe: a multidisciplinary perspective. Ther Adv Vaccines. 2015;3(4):109-120.
[8] Kawai K, Gebremeskel BG, Acosta CJ. Systematic review of incidence and complications of herpes zoster: towards a global perspective. BMJ Open. 2014;4:e004833.
[9] Year on year uplift for searches of “shingles” and related queries globally from September 22, 2023. Available from: https://trends.google.com/trends/. Last accessed: October 2023