Inflação: Um quilo de pescada fresca custa hoje mais cinco euros do que antes da guerra 703

O preço dos bens alimentares de primeira necessidade registou, entre 30 de novembro e 7 de dezembro, o 2.º valor mais alto desde 23 de fevereiro. Em sete dias, desceu 0,15 cêntimos, passando a custar 219,07 euros.

A informação é avançada pela Deco, que desde fevereiro monitoriza todas as quartas-feiras o preço daquilo que apelida de “capaz de bens alimentares essenciais”, composto por 63 produtos, entre os quais peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, açúcar, esparguete, fiambre, leite, queijo e manteiga. A organização utiliza um simulador para calcular o preço médio por produto em vários espaços.

Os resultados, mostra, são claros. Comprar o mesmo cabaz de produtos alimentares esta semana fica 35,44 euros mais caro do que em fevereiroaquando do início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. A Deco destaca o preço do peixe e dos laticínios que, entre 23 de fevereiro e 7 de dezembro, registaram subidas de 22,64% e 22,10%, respetivamente. A carne (21,12%) e as mercearias (17,79%) têm também subidas consideráveis.

A polpa de tomate (mais 16%), os cereais (11%), o pão de forma sem côdea (9%) e o salmão (7%) fazem parte da lista de alimentos com as subidas mais recentes. Já relativamente a produtos desde 23 de fevereiro, é novamente a pescada fresca a dominar, com mais 83%. Segue-se a polpa de tomate (60%) e o arroz carolino (55%).

A Deco explica que “Portugal está altamente dependente dos mercados externos para garantir o abastecimento dos cereais necessários ao consumo interno”.