O preço dos bens alimentares de primeira necessidade registou, entre 7 e 14 de dezembro, o 3.º valor mais alto desde 23 de fevereiro. Em sete dias, desceu 0,20 cêntimos, passando a custar 218,87 euros.
A informação é avançada pela Deco, que desde fevereiro monitoriza todas as quartas-feiras o preço daquilo que apelida de “capaz de bens alimentares essenciais”, composto por 63 produtos, entre os quais peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, açúcar, esparguete, fiambre, leite, queijo e manteiga. A organização utiliza um simulador para calcular o preço médio por produto em vários espaços.
Os resultados, mostra, são claros. Comprar o mesmo cabaz de produtos alimentares esta semana fica 35,24 euros mais caro do que em fevereiro, aquando do início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. A Deco destaca o preço dos laticínios e da carne que, entre 23 de fevereiro e 14 de dezembro, registaram subidas de 27,05% e 21,84%, respetivamente. O peixe (19,51%) e as mercearias (17,40%) têm também subidas consideráveis.
O iogurte líquido de morango (mais 27%), o carapau (17%), o arroz carolino (15%) e os douradinhos de peixe (15%) fazem parte da lista de alimentos com as subidas mais recentes. Já relativamente a produtos desde 23 de fevereiro, é novamente o arroz carolino a dominar, com mais 79%. Segue-se a polpa de tomate (68%) e a pescada fresca (68%).
A Deco explica que “Portugal está altamente dependente dos mercados externos para garantir o abastecimento dos cereais necessários ao consumo interno”.