O preço dos bens alimentares de primeira necessidade registou, entre 4 e 11 de janeiro, o seu valor mais alto desde 23 de fevereiro de 2022. Em onze meses, subiu 41,32 euros (22,50%), passando a custar 224,95 euros.
A informação é avançada pela Deco, que desde fevereiro monitoriza todas as quartas-feiras o preço daquilo que apelida de “capaz de bens alimentares essenciais”, composto por 63 produtos, entre os quais peru, frango, pescada, carapau, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, açúcar, esparguete, fiambre, leite, queijo e manteiga. A organização utiliza um simulador para calcular o preço médio por produto em vários espaços.
Os resultados, mostra, são claros. Comprar o mesmo cabaz de produtos alimentares esta semana fica 41,32 euros mais caro do que em fevereiro, aquando do início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. A Deco destaca o preço do peixe e dos laticínios que, entre 23 de fevereiro de 2022 e 11 de janeiro deste ano, registaram subidas de 17,96 e 2,78 euros, respetivamente. A carne, a mercearia e os congelados têm também subidas expressivas.
Oscarapau (mais 11%), a perca (10%), o peixe-espada-preto (9%) e a farinha para bolos (7%) fazem parte da lista de alimentos com as subidas mais recentes. Já relativamente a produtos desde 23 de fevereiro, é novamente a pescada fresca a dominar, com mais 126%. Segue-se o arroz carolino (81%) e a alface frisada (55%).
A Deco explica que “Portugal está altamente dependente dos mercados externos para garantir o abastecimento dos cereais necessários ao consumo interno”.