Inês Tomada, da CUF do Porto, foi uma das oradoras do primeiro dia do XXI Congresso de Nutrição e Alimentação, e dissertou sobre o papel da nutrição na saúde do cérebro, nomeadamente nas crianças.
“É in útero que se inicia a colonização do intestino do bebé”, pelo que não se pode nunca esquecer que a saúde de qualquer indivíduo começa logo a ser definida na barriga da mãe.
“O futuro pode ficar hipotecado pelo efeito cascata a nível cognitivo”, alertou a especialista, referindo que, “o estado nutricional materno tem repercussões no recém-nascido”.
“A obesidade materna contribui para a neuroinflamação, que pode desencadear problemas de saúde infantil graves”, alertou Inês Tomada, que aproveitou para alertar os presentes para o importante papel do nutricionista no neurodesenvolvimento.
“Não há um nutriente mais importante do que outro, mas, sim, é fundamental a utilização de forma harmoniosa de todos”, salientou, frisando que cabe ao nutricionista avaliar a necessidade de suplementação, mas também alertar que os excessos são prejudiciais.
Depois da questão lançada pela oradora anterior, sobre se “haverá um lugar de destaque para o padrão alimentar mediterrânico?”, Belina Rodrigues, do Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale, apresentou as conclusões de um estudo acerca da relação entre a adesão à Dieta Mediterrânica e o declínio cognitivo, a que se seguiu a preleção de Carlos Portugal-Nunes, do Laboratório de Nutrição Humana e Centro de Ciência Animal e Veterinária – UTAD, acerca do impacto do estado nutricional na cognição e humor, que detalharemos na reportagem do evento que será publicada na próxima VIVER SAUDÁVEL.
A VIVER SAUDÁVEL está presente no CNA 2022 com uma cobertura a acompanhar no site e nas redes sociais, além de existir uma aplicação nas lojas para Android e iOS, na qual, para lá de notícias, poderá ver os programas e colocar inclusivamente questões aos oradores. Só tem de pesquisar por “CNA 2022”.
