Encontra-se concluída, após um período piloto, a implementação da identificação do risco nutricional, na plataforma informática do Sistema Clínico Hospitalar (SClínico Hospitalar).
Esta medida vai permitir a identificação sistemática do risco nutricional em todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde, prevista no Despacho n.º 6634/2018, de 28 de junho.
A identificação do risco nutricional teve início em abril com duas experiências-piloto, na Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) e no Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC).
Na ULSAM foram avaliados 461 doentes e no CHULC, só durante os primeiros 15 dias do projeto-piloto, foram avaliados 154. Após esta fase, os doentes que necessitaram (entre 40% e 54%) tiveram acesso a intervenção nutricional e foram monitorizados de sete em sete dias no mínimo.
Este piloto vem confirmar as estimativas já conhecidas, que apontam para uma prevalência de 20% a 50% de doentes internados em risco nutricional.
Esta medida, com potencial para envolver cerca de 800 mil doentes por ano, é um passo essencial na implementação de uma estratégia de combate à desnutrição hospitalar, promovendo a recuperação dos doentes e o aumento da qualidade de vida.
Esta foi uma das medidas propostas pela Ordem dos Nutricionistas ao Ministério da Saúde, apresentada em 2016, no âmbito do acordo para a Sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O SNS assumiu o compromisso da sua implementação, o que veio a verificar-se em 2018 com a publicação do Despacho n.º 6634/2018, de 28 de junho.
A implementação vai estar a cargo do Grupo de Trabalho criado pelo Despacho n.º 6691/2019, de 9 de julho da Secretária de Estado da Saúde que vai acompanhamento, avaliação e monitorização da implementação das ferramentas de identificação de risco nutricional.