O “Impacto da Trombose Associado ao Cancro” foi o tema escolhido pelo Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT), para realização da reunião destinada a doentes, familiares, cuidadores e publico em geral, que vai decorrer no próximo dia 6 de novembro, das 14h30 às 17h00, no Hotel Olissippo Oriente, em Lisboa.
A trombose é a segunda causa de morte em doentes com cancro, estimando-se que o risco de sofrer um evento tromboembólico é 3-5 vezes maior nos doentes com cancro, submetidos a cirurgia, e até seis vezes maior nos doentes sob quimioterapia. Apesar dos mais recentes avanços na área do diagnóstico, a trombose continua a ser uma das principais causas de morte em doentes com cancro, apenas ultrapassada pela evolução do próprio tumor.
Por se tratar de uma patologia com grande impacto na vida dos doentes, o GESCAT destaca a importância de atuar no aumento da consciencialização desta problemática ao nível dos doentes, profissionais de saúde e entidades reguladoras. A reunião “Impacto da Trombose Associado ao Cancro”, destinada ao doente, tem como objetivo efetuar uma sessão de esclarecimento sobre os sinais e sintomas do tromboembolismo venoso (TEV), debater a importância da sua prevenção, o impacto na qualidade de vida do doente e a importância do correto acesso às terapêuticas anticoagulantes, como fator crítico de sucesso na gestão da trombose e cancro. Para mais informações e inscrições (participação presencial ou remota) visite: gescat.pt/.
De acordo com Sérgio Barroso, médico oncologista e presidente do GESCAT, “a doença oncológica constitui um fator de risco independente e relevante para o tromboembolismo venoso, fundamentalmente porque altera o normal equilíbrio do sistema de coagulação do organismo, desviando-o no sentido «pró-coagulante»”.
“Hoje em dia, o diagnóstico de trombose venosa profunda (TVP) e/ou embolia pulmonar (EP) – as entidades clínicas que caracterizam o tromboembolismo venoso (TEV) -, é realizado em cerca de 20% de todos os doentes com cancro, o que faz desta uma entidade cada vez mais prevalente a ponto de se estimar que “cerca de 1/5 de todos os doentes oncológicos sofram de TEV durante a evolução da sua doença” acrescenta o médico oncologista.
Por outro lado, sabe-se que a elevada morbilidade associada ao TEV no doente oncológico conduz a hospitalização por maiores períodos de tempo, atrasos ou descontinuação de quimioterapia, risco hemorrágico e de recorrência aumentado, síndrome pós-trombótico e compromisso da qualidade de vida do doente.
É importante referir que os doentes oncológicos têm, frequentemente, uma variedade de fatores de risco para sofrerem um evento tromboembólico, sendo que estes podem estar relacionados com o próprio doente (a idade, trombofilia ou obesidade); com o tumor (estadio, histologia, local primário ou existência de metástases) e/ou com o tratamento.
As heparinas de baixo peso molecular (HBPM) são consideradas o tratamento de primeira linha para esta população de doentes, devendo ser administradas em monoterapia entre três a seis meses.
O que se deve saber sobre a TROMBOSE ASSOCIADA AO CANCRO (TAC):
Os doentes com cancro correm um risco acrescido de sofrer um evento tromboembólico.
O risco de trombose em doentes com cancro é aumentado por fatores de risco como a cirurgia, hospitalização, infeções e por fatores específicos do cancro, incluindo o tipo de cancro, a fase da malignidade e os tratamentos.
O TEV em doentes com cancro tem consequências graves porque pode levar à hospitalização, atrasar os tratamentos oncológicos e diminuir a sobrevivência. Além disso, o tratamento anticoagulante do TEV aumenta o risco de hemorragia.
A que sinais devemos estar atentos?
O TEV é uma complicação clínica relevante que pode apresentar-se como trombose venosa profunda (TVP) ou embolismo pulmonar (EP). Pode ocorrer de uma forma assintomática e manifestar-se unicamente quando o doente sofre um episódio fatal.
Normalmente tudo começa com uma trombose venosa profunda, ou seja, uma perna que subitamente aparece inchada, com dor e com dificuldade a andar. A dor pode existir apenas de pé ou ao caminhar, a perna pode endurecer e apresentar uma temperatura fora do normal (estar mais quente). Podem ainda ocorrer mudanças de cor da pele na perna afetada.
A reunião destinada a doentes, familiares, cuidadores e público em geral, subordinada ao tema “Impacto da Trombose Associado ao Cancro”, conta com o patrocínio da LEO.
Acompanhe a Página de Facebook https://www.facebook.com/TEV.pt/ e o site do Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT) – www.gescat.pt – para ficar a saber mais informações.