Hospital de Guimarães implanta pela primeira vez a nova geração do pacemaker mais pequeno do mundo 564

O Serviço de Cardiologia do Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães acaba de implantar pela primeira vez o pacemaker mais pequeno do mundo com sincronia aurículo-ventricular (AV). Até agora, apenas o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (Hospital Santa Cruz) e o Centro Hospitalar Universitário São João tinham realizado este tipo de intervenções.

O dispositivo é indicado para o tratamento de doentes com bloqueio aurículo-ventricular (BAV) de alto-grau, uma condição na qual os sinais elétricos entre as câmaras do coração (as aurículas e os ventrículos) ficam bloqueados. Desta situação podem resultar, entre outros, síncope ou morte súbita.

Atualmente, os doentes com bloqueio AV são tratados com um pacemaker, implantado na parte superior do peito, subcutaneamente, ao qual são ligados pequenos fios elétricos (eléctrodos), que são colocados, através das veias, dentro do coração, permitindo assim que a ligação elétrica entre as aurículas e os ventrículos seja restabelecida.

Este novo pacemaker, o mais pequeno do mundo, não necessita dos eléctrodos, sendo colocado diretamente dentro do ventrículo direito, através de um pequeno acesso pela veia femoral direita. Não há, assim, a tradicional cicatriz cirúrgica, sendo ainda reduzidos de um modo muito significativo os riscos associados à técnica tradicional: infeção, avaria dos eléctrodos e outros.

Apesar de todo o contexto da pandemia Covid-19, o Hospital da Senhora da Oliveira tem conseguido manter a sua estratégia de aposta na inovação tecnológica e tratar os doentes com este tipo de problemas em tempo útil. O Serviço de Cardiologia não tem lista de espera para a implantação de dispositivos cardíacos para o tratamento de arritmias, tendo inclusivamente aumentado a sua atividade durante o ano de 2020.

É com grande satisfação que o Serviço de Cardiologia do HSOG trata os seus doentes com um sistema estimulação ventricular com sincronia aurículo-ventricular (AV) de última geração e com todas as vantagens conhecidas do pacing sem eléctrodos, em particular a menor duração do procedimento e o menor risco de complicações associadas ao dispositivo.

O primeiro procedimento no Hospital da Senhora da Oliveira ocorreu no passado dia 17/03 e o doente já teve alta.