Hospital da Feira com Centro de Responsabilidade Integrado contra Obesidade 1142

 

 

19 de setembro de 2018

O Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga, responsável pelos hospitais de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis e São João da Madeira, abriu o primeiro Centro de Responsabilidade Integral (CRI) do país focado na Obesidade.

A nova estrutura integra o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e nasce da legislação com que a respetiva Secretaria de Estado reformulou o Programa de Tratamento Cirúrgico da Obesidade, com vista a que esse possa integrar novos procedimentos cirúrgicos e permitir aos hospitais da rede do Estado uma melhor remuneração das suas equipas internas.

«A criação dos CRI faz parte da estratégia global que temos vindo a prosseguir no sentido de devolver autonomia de gestão aos hospitais e profissionais», declarou à agência “Lusa” a secretária de Estado da Saúde, Rosa Valente de Matos.

Segundo a secretária de Estado, «já havia centros idênticos antes, mas este é o primeiro a ser criado com base nos estatutos das Entidades Públicas Empresariais do SNS e a funcionar como uma unidade de gestão intermédia entre os conselhos de administração dos hospitais e os seus médicos e restante pessoal».

Ao viabilizar uma reorganização interna do Centro Hospitalar do Entre Douro e Vouga, o novo CRI de Combate à Obesidade garante assim mais liberdade aos médicos para definirem os modelos de prestação de cuidados que considerem mais adequados aos seus utentes, rentabilizando a capacidade instalada no SNS e garantindo o cumprimento dos Tempos Máximos de Resposta.

Com competências próprias também ao nível do ensino, da formação e da investigação científica, o CRI é ainda descrito como “promotor da meritocracia”, porque o seu formato de gestão permite à administração do hospital premiar devidamente as equipas com melhores desempenhos.

«O CRI permite aos médicos terem mais atividades dentro do hospital, o que será um trabalho adicional», referiu Rosa Valente de Matos, acrescentando que «se o trabalho é adicional, também terá que implicar um pagamento adicional e, no contrato de gestão entre o CRI e a administração do hospital, esses valores terão que ser negociados, tal como o hospital negociará o seu orçamento com o Estado».