A gripe aviária foi identificada, no final de março, em explorações de bovinos leiteiros nos Estados Unidos e num trabalhador destas instalações, avisou a DGAV, garantindo estar a acompanhar a situação.
“Em finais de março de 2024, nos Estados Unidos da América, foi confirmada pela primeira vez a infeção pelo vírus da GAAP [Gripe Aviária de Alta Patogenicidade] em várias explorações de bovinos leiteiros localizadas em seis estados, nomeadamente Texas, Kansas, Novo México, Ohio, Michigan e Idaho”, lê-se numa nota da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), citada pela Lusa.
Estes animais apresentam letargia, diminuição da produção leiteira, alterações das características do leite, febre, desidratação e diminuição de apetite. Até agora, não se registaram mortes.
Por sua vez, o trabalhador em causa apresentou um “quadro clínico ligeiro, caracterizado por conjuntivite”.
A gripe aviária afeta aves domésticas e selvagens, mas também mamíferos, “através da ingestão de aves infetadas ou devido à exposição a ambientes contaminados por excreções ou cadáveres daquelas aves”.
Desde 2021, o vírus foi detetado em mais de 40 espécies de mamíferos.
A DGAV avisou que, apesar de se considerar que as infeções tiveram origem em contactos com aves selvagens infetadas, a possibilidade de transmissão entre bovinos não pode ser excluída.
“As análises genéticas dos vírus isolados demonstraram que os mesmos continuam adaptados ao hospedeiro aviário, não tendo sido encontradas mutações associadas a uma maior adaptação a hospedeiros mamíferos, incluindo o ser humano”, sublinhou a DGAV, garantindo estar a acompanhar a situação.
Foi ainda recomendado o cumprimento das práticas de biossegurança nas explorações e a vigilância dos animais, de modo a identificar precocemente qualquer suspeita de infeção.
A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa.